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Em noite de time misto, Fluminense sofre com intensidade e criação

Técnico Odair Hellmann admite que Tricolor ainda não encontrou a identidade da equipe, apesar dos resultados positivos anteriores

Fluminense x Boavista - Hudson
imagem cameraHudson, em ação pelo Fluminense contra o Boavista, no Maracanã (Foto: LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C.)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 01/02/2020
17:18
Atualizado em 02/02/2020
06:00

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Foi um jogo sonolento no Maracanã. Sob forte calor e com muitos erros, o Boavista venceu o Fluminense por 1 a 0, pela quinta rodada da Taça Guanabara. A primeira derrota do Tricolor em 2020 evidenciou um problema que já vinha aparecendo em partidas anteriores, mas ficou mais escancarado neste: a criação. Para além das decisões erradas com a bola, o time de Odair Hellmann mostrou, como o próprio treinador admitiu, que ainda tem um caminho a percorrer.

- A criação e construção foram o problema. O Boavista é bem organizado, com as linhas médias e baixas, dando a posse. Tentamos construir as situações, criar um jogo de intensidade e velocidade. Não tivemos isso, fomos lentos nas ações e não criamos dificuldades para o adversário. Tivemos volume e controle, mas não produzimos situações claras. Quando fiz as substituições, acabamos tomando um gol no contra-ataque. Não conseguimos produzir para virar. Não gostaríamos da derrota, não gostamos, não achamos normal. mas sabemos que dentro de um processo de construção da equipe, oscilações e adversidades acontecem - disse Odair após a partida.

O Flu errou muitos passes no Maracanã e isso ajuda a explicar a dificuldade para a construção de jogadas. Para além da boa marcação do Boavista, desatenção e equívocos bobos marcaram a partida. Para se ter ideia, foram 50 passes errados de acordo com o "Footstats". Nos últimos jogos, exceto pelo clássico contra o Flamengo que não teve estatísticas divulgadas, a média era de 31. Nas finalizações, desempenho também abaixo. Foram três certas (média anterior de 5,3) e oito erradas (antes eram 6,6).

No intervalo, em entrevista à algumas rádios, o próprio volante Hudson admitiu o ritmo mais lento e a falta de intensidade. Ele, inclusive, foi um dos que mais tentou criar ao lado do jovem Miguel, que é uma tentativa de desafogo do time. Voltando a atuar com um centroavante, diferente do que aconteceu no Fla-Flu, o Tricolor criou apenas duas oportunidades claras no primeiro tempo.

Esse cenário só melhorou com a entrada de Nenê, que colocou um gás a mais no resto dos jogadores e foi responsável por duas boas oportunidades, além de auxiliar na criação de mais duas. Mesmo assim, a dificuldade era evidente.

Na próxima terça-feira, o Fluminense terá pela frente o Unión La Calera, do Chile, pela primeira rodada da Sul-Americana, no Maracanã, às 21h30. 

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