Felipe Melo relembra infância tricolor e enaltece o Fluminense: ‘Muito feliz de vestir a camisa’
Volante contou experiências de infância com o Fluminense, falou da relação da família com o clube e comemorou o contrato por duas temporadas
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Na última segunda-feira, Felipe Melo assinou contrato por duas temporadas com o Fluminense. De volta ao Rio de Janeiro, o volante comemorou o acerto com o clube de coração do pai. Em entrevista à FluTV, ele revelou que é uma alegria em dobro poder representar o Tricolor e a sua família em campo.
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- Foi um momento de muita alegria porque foi nessa cidade onde tudo começou, e provavelmente nesta cidade tudo vai terminar. O meu pai, para ser sincero, ele não acreditava. Primeiro porque ele achou que eu não fosse sair de São Paulo, ele achou que minha carreira terminaria lá. Mas quando eu falei que existia uma possibilidade real de jogar no Fluminense, a gente estava falando por telefone, e eu senti a alegria dele. [...] Meu coração transbordou de alegria porque acaba sendo uma dupla honra também. O meu pai está feliz, eu estou feliz, minha família está feliz - disse.
Para Felipe, o Fluminense traz lembranças da infância. O jogador contou que começou a jogar em uma escolinha vinculada ao clube, em sua cidade natal, e disse que Laranjeiras foi palco do primeiro jogo profissional que assistiu.
- O primeiro jogo que eu pude assistir de um time profissional foi um Fluminense e Goytacaz, nas Laranjeiras. Contar a história de quando eu era criança... A minha foto com a camisa [tricolor] viralizou, eu segurando meu irmão Nicolas. Eu jogava na escolinha do Nelson, em Volta Redonda, e era como se fosse um núcleo do Fluminense. Fiquei muito tempo ali, joguei alguns anos no Nelson e, pelo meu pai sempre me levar aos jogos, o Fluminense foi o primeiro time que eu realmente torci.
Recém-chegado em Laranjeiras, o camisa 52 destacou a diferença no ambiente do clube, que afirma ser mais acolhedor do que outras instituições em que passou na carreira. Para Felipe Melo, o sentimento de união do grupo é um diferencial para a conquista de títulos.
- Nos clubes que eu ia, [a relação] era muito profissional. O presidente deixou claro que aqui, mais do que qualquer coisa, é uma família. Isso, sem dúvida nenhuma, faz a diferença quando a bola, ao invés de ir na trave, a gente faz o gol. A família, quando é feita, gera uma intimidade que faz com que as vitórias venham e as conquistas aconteçam. Estou feliz demais de fazer parte dessa família, e independente da minha idade, a confiança de terem aberto as portas do Fluminense para mim é algo muito importante. Para te falar a verdade, estou me sentindo como um garoto, doido para jogar logo. Que essa confiança gere títulos para o clube e para mim pessoalmente.
Aos 38 anos, Felipe Melo falou sobre a mistura do elenco, com jogadores jovens e mais experientes. Além de ensinar, o volante revelou que quer aprender com os companheiros de equipe e disputar títulos com a camisa do Fluminense.
- Penso que, no esporte em geral, essa mescla da juventude com experiência faz toda a diferença. Não se ganha um campeonato só com jovens, nem tampouco só com mais experientes. Costumo dizer que o futebol é apaixonante porque, não importa a idade que você tem, ele te dá sempre a oportunidade de aprender. Eu, com a minha experiência de ter passado em vários clubes e disputado vários campeonatos, [quero] poder passar um pouquinho para essa garotada, mas aprender também. Quem sabe, juntos, a gente consiga ganhar títulos. Esse é o mais importante. O que fica para a história, marcado na parede, são as fotos dos títulos. Esse é o meu sonho e o que eu quero que aconteça no Fluminense - disse.
Em sua chegada, Felipe escolheu o número 52, que remete ao ano do título mundial do Fluminense. O atleta disse que a iniciativa partiu do presidente Mário Bittencourt, mas ele abraçou a ideia pelas semelhanças com a sua trajetória profissional.
- O presidente me ligou e me deu essa opção. Disse que o Fluminense vai completar 70 anos do título do Mundial de 52, e que se importam muito com a data, que é histórica e marcante. Eu abracei a ideia na hora, e fui ver a história e o que tinha acontecido. Para te falar a verdade, a história de 52, eu tenho um pouquinho no meu passado recente. Porque o Fluminense ganhou do Penarol, eu já tive a oportunidade de vencê-los. Ganhou também do Corinthians, outra oportunidade que também tive. Tem tudo a ver, achei bacana a sugestão e estou muito feliz de vestir a camisa tricolor e principalmente com um número que representa a história.
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