A estreia de Sampaoli pelo Flamengo: inquietude e movimentação inusitada na área técnica
Treinador foi protagonista na vitória do Rubro-Negro sobre o Ñublense, pela Libertadores
O técnico Jorge Sampaoli estreou no Flamengo com vitória sobre o Ñublense, por 2 a 0, no Maracanã. O argentino manteve o esquema com três zagueiros, mas o Rubro-Negro teve mais volume de jogo do que nas últimas partidas, dominando a frágil equipe chilena. Da beira do gramado, o treinador esteve inquieto e, a todo momento, passava orientações para os jogadores.
Antes da partida, o momento foi de confraternização com os jogadores do Ñublense. Treinador mais vitorioso da história da seleção chilena, Sampaoli é muito querido por lá e recebeu o carinho dos jogadores da equipe de Chillán. Após o apito inicial, contudo, o clima foi de buscar a vitória a cada segundo.
DE UM LADO PARA O OUTRO
Não é segredo para ninguém que Jorge Sampaoli é um dos treinadores mais agitados na beira do gramado. Na estreia pelo Flamengo não foi diferente. De um lado para o outro, o argentino reclamava com si mesmo e orientava os atletas. Até saiu da área técnica em momentos de ataque, bem pertinho dos jogadores.
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No lance do primeiro gol, marcado por Pedro, Sampaoli comemorou muito com sua comissão técnica. Depois, momento de conversa com Gabigol (que parecia sentir incômodo após dividida com o goleiro do Ñublense), Fabrício Bruno e Léo Pereira. A questão com os zagueiros devia ser sobre o posicionamento da dupla. São os primeiros ajustes de um trabalho que está só começando.
O gol, no entanto, não significa que as broncas deixaram de aparecer. David Luiz, por exemplo, recebeu uma grande por erro de passe no meio do campo, quando Gabigol e Pedro poderiam puxar o contra-ataque. Sem dúvida, quem mais recebeu as instruções do treinador na primeira etapa foi Marinho. Parado na ala direita, ao lado de Sampaoli, o camisa 31 participou, errou e acertou, tudo sob olhares atentos do novo comandante.
SEGUNDO TEMPO MAIS "TRANQUILO"
Com o placar de 2 a 0, o Flamengo teve mais tranquilidade para produzir volume de jogo e, como consequência da fragilidade do Ñublense, diminuiu o ritmo. Sampaoli acompanhou a equipe em diversos momentos, mas sem a mesma energia do início da partida. Em algumas ocasiões, o argentino até se sentou no banco de reservas para conversar com a comissão técnica.
Um dos poucos momentos em que Sampaoli mostrou toda sua insatisfação foi com Everton Cebolinha. O camisa 11 havia acabado de entrar quando recebeu passe em profundidade, livre, com totais condições de parar só dentro do gol do Ñublense. No entanto, ele escolheu passar para Gabigol estufar as redes, e a possível assistência não se concretizou. O argentino, enfim, pôde voltar a esbravejar.
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POSICIONAMENTO
Um último ponto a ser destacado sobre a estreia é o posicionamento curioso de Sampaoli. Como mencionado, o comandante sai bastante da área técnica para orientar o time, mas no segundo tempo o volume foi bem maior, já que o Flamengo atacava para o lado oposto. São nuances interessante de um início de trabalho que promete render.
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No fim do jogo, Sampaoli desceu rapidamente para os vestiários e não participou da confraternização dos jogadores no centro do gramado. A ação, no entanto, é rotineira, já que o treinador se prepara para conversar com os atletas após o apito final. Estreia, vitória e clima de paz: esse foi o Flamengo na estreia do novo treinador.
