Presidente do Cruzeiro depõe na PF e pode ser investigado em operação

Wagner Pires de Sá pode ser vinculado à "Operação Escobar" que investiga vazamentos de documentos sigilosos da PF com envolvimento de advogados ligados ao clube

Pires pode se tornar investigado na Operação Escobar pelo envolvimento de advogados ligados ao Cruzeiro em contratos ilícitos
Pires pode se tornar investigado na Operação Escobar pelo envolvimento de advogados ligados ao Cruzeiro em contratos ilícitos- (Vinnciius Silva/Cruzeiro)

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O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, prestou depoimento na sede da Polícia Federal (PF), no bairro Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte, na manhã desta terça-feira para prestar esclarecimentos de envolvimentos de advogados do clube em vazamentos de documentos sigilosos da corporação.

O dirigente foi intimado a depor pela corporação para prestar esclarecimentos por ter se tornado suspeito na Operação Escobar, que investiga vazamentos de documentos sigilosos da PF. Wagner pode ser investigado.

A PF investiga contratos de honorários para os advogados Carlos Alberto Arges Júnior e Ildeu da Cunha Pereira, que foram presos no dia 5 de junho, com a suspeita da dupla estar envolvida em lavagem de dinheiro e desvio do dinheiro para outros dirigentes da Raposa.

O que é a Operação Escobar?

A operação Escobar é um desdobramento da Capitu, que investiga em suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O advogado do Cruzeiro, Ildeu da Cunha Pereira, e outras 15 pessoas foram presas em investigação, incluindo o ex-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, que foram detidos.

Segundo a Polícia Federal, as investigações da Escobar começaram depois que documentos da Operação Capitu foram encontrados na casa de Andrea Neves, irmã do deputado federal Aécio Neves (PSDB), em dezembro de 2018.

Como os documentos terem foram encontrados na na casa dela, a PF constatou que houve um vazamento de informações interno sobre outras operações da corporação. Os advogados citados e ligados ao Cruzeiro teriam tido acesso privilegiado às informações e as usavam para oferecer aos clientes facilidades ilegais.

Em nota, a Polícia Federal disse que “tal atitude não só prejudicou diversas investigações como coloca em risco a segurança dos policiais envolvidos nos trabalhos”.

Até agora, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos escritórios dos advogados investigados. Arges, Ildeu e um servidor da Polícia Federal tiveram prisão preventiva decretada. Um outro servidor teve prisão temporária decretada.

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