Mano Menezes alcança marca e anda na contramão do futebol brasileiro

Técnico, que completou dois anos à frente do Cruzeiro na última quinta-feira, é o treinador com o maior tempo de trabalho contínuo em um mesmo clube no Brasil atualmente

Mano Menezes
(Foto: Dudu Macedo/Fotoarena/Lancepress!)

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Na última quinta-feira (26), Mano Menezes atingiu importante marca na carreira e no futebol brasileiro. O treinador, campeão da última Copa do Brasil, chegou a 2 anos à frente do Cruzeiro e é o técnico com a maior longevidade em um só clube no Brasil atualmente. O gaúcho de 56 anos vai na contramão da "fama" do mercado brasileiro de técnicos, onde os clubes trocam seus comandantes rapidamente, sem dar sequência ao trabalho.

Técnico com a maior longevidade no Brasil
Contratado em 26 de julho de 2016, Mano chegou a Raposa para ser a solução da equipe para se livrar do rebaixamento naquele ano. Mano assumiu o Cruzeiro como uma espécie de "compensação" à equipe por ter quebrado o contrato com a Celeste para assinar com o Shandong Luneng, da China, onde teve breve passagem, comandando a equipe asiática por apenas 21 partidas. Na oportunidade, Mano substituiu o português Paulo Bento, pegou o Cruzeiro na 19ª posição na 17ª rodada e terminou o campeonato daquele ano na 12ª colocação.

Há um mês o topo da lista de técnicos com a maior longevidade no Brasil pertencia a Paulo Roberto Santos, que estava à frente do São Bento-SP desde Outubro de 2015. No entanto, durante a Copa do Mundo, no dia 25 de agosto, a diretoria do clube paulista desligou o treinador do cargo. Com isso, Mano Menezes, que era o segundo da lista, se tornou o técnico com mais tempo de trabalho contínuo em uma equipe no Brasil, dentre as séries A, B e C. O comandante da Celeste é seguido por Renato Gaúcho, que comanda o Grêmio desde setembro de 2016.

Contramão do mercado brasileiro
O histórico recente de mudança de técnicos no Brasil mostra um panorama diferente das principais ligas na Europa. Na Inglaterra por exemplo, Alex Ferguson dirigiu o Manchester United por 27 anos e Arséne Wenger comandou o Arsenal por 23 temporadas. Por mais que estes sejam exemplos extremos, no Brasil, a cultura é outra. Treinadores são demitidos após uma pequena sequência de resultados ruins, e por estes fatores, a marca atingida por Mano Menezes de dois anos no Cruzeiro, por mais que seja pequena quando comparada aos clubes europeus, têm grande relevância.

Recentemente, alguns técnicos sofreram com esse hábito dos dirigente do futebol brasileiro. Paulo César Carpegiani assumiu o comando do Flamengo no início do ano e apenas três meses e 17 partidas depois, foi demitido. A situação de Fernando Diniz foi parecida, começou a dirigir a equipe principal do Furacão após o estadual de 2018 e foi desligado da equipe 21 jogos depois e o mesmo aconteceu com Guto Ferreira, quando foi contratado pelo Bahia em janeiro e demitido cinco meses depois, com apenas 33 jogos disputados.

Trabalho na Raposa
Além de livrar a equipe da queda em 2016, Mano conquistou dois títulos pelo Cruzeiro; o pentacampeonato da Copa do Brasil de 2017 e o Campeonato Mineiro de 2018. O gaúcho tem 134 jogos pelo clube mineiro, com 73 vitórias, 40 empates e 30 derrotas. Neste ano, além do Campeonato Brasileiro, a Celeste está presente nas quartas de final da Copa do Brasil e nas oitavas de final Libertadores da América. Sob o comando do treinador, a Raposa marcou 240 gols e sofreu 135. Em outubro de 2017, o comandante renovou seu contrato com a Raposa até o fim de 2019.

*Sob supervisão do editor Leonardo Martins

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