Cruzeiro admite novo atraso de salários e fala em ‘operação financeira’ para quitar débitos

A Raposa ainda deve o mês de março para seus funcionários e colaboradores do futebol

A Raposa mudou seu escudo e retirou a coroa, que estava entre os símbolos do clube desde 2004
O time azul não esta em dia com os salários de jogadores e funcionários do clube- (Reprodução/Cruzeiro)

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A grave situação financeira do Cruzeiro não é uma novidade para quem acompanha o mundo do futebol. Nem para aqueles que não seguem o dia a dia do clube. E, a Raposa se antecipou e se pronunciou publicamente sobre mais um mês em que está com atrasos salariais de seus funcionários administrativos e do futebol.

O Cruzeiro ainda não quitou totalmente a folha de março e disse, em nota, que está tendo de fazer uma operação financeira para poder conseguir honrar os compromissos com seus colaboradores.

A Raposa pagou metade da folha na última quinta-feira, 15 de abril, e diz que pagará o restante na próxima semana, primeiro para os funcionários que recebem até R$ 3 mil. Veja o comunicado do time azul abaixo.

O Cruzeiro Esporte Clube vem a público esclarecer e reconhecer que continua com pendências salariais em aberto com seus colaboradores, mas que a diretoria não tem medido esforços para solucionar a situação o quanto antes.

Ontem, dia 15 de abril de 2021, o Clube iniciou uma operação e viabilizou, em um primeiro momento, o pagamento de 50% da folha do mês de março/2021 do setor administrativo. O segundo passo da operação, já planejado previamente, será o pagamento da metade restante, primeiramente, para colaboradores que recebem abaixo de R$ 3 mil (quase 70% dos funcionários da folha), a ser realizado no início da próxima semana.

O Clube ressalta que, assim como a maioria expressiva de instituições de diversas áreas do mercado no mundo, tem passado por dificuldades acentuadas pelo grave impacto causado pela Covid-19. Além disso, o Cruzeiro continua sofrendo, semanalmente, com ações judiciais oriundas de situações antigas, o que gera bloqueios bancários constantes, prejudicando o fluxo de caixa e os pagamentos, conforme ocorre atualmente, o que inviabilizou a quitação em dia da última folha.

Mesmo reconhecendo todas as pendências e suas obrigações, o Cruzeiro ressalta que em momento algum abandonou qualquer um de seus colaboradores, tem trabalhado para evitar demissões em massa, como vem ocorrendo na maioria dos clubes de futebol do país e em empresas de outros ramos, e tem dado todo o tipo de suporte em situações extremas, contando inclusive com o apoio financeiro e pessoal de membros da diretoria a funcionários com dificuldades pontuais.

Antes mesmo da crise econômica e sanitária provocada pela pandemia, o Cruzeiro já vivia sua pior crise financeira e institucional em quase 100 anos, um enredo conhecido por todos. Resolver o problema do atraso de salários sempre foi e continua sendo tratado como prioridade pela cúpula do Clube, que espera regularizar toda a situação o quanto antes, pois acredita e reconhece o empenho, dedicação e profissionalismo de seus colaboradores neste momento complicado pelo qual atravessa a instituição e o mundo como um todo.

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