Duilio diz que Corinthians está próximo de acordo com a Caixa por dívida da Neo Química Arena

Presidente do Timão revelou ter ido a Brasília recentemente para se reunir com a cúpula do banco. Segundo ele, o anúncio do acordo pode acontecer ainda neste mês de agosto

Neo Química Arena
Timão está perto de fechar um novo acordo com a Caixa pela dívida da Arena (Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)

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O Corinthians pode estar próximo de desatar um dos nós mais incômodos de sua história recente: a dívida com a Caixa por conta da construção da Neo Química Arena. Isso porque o presidente Duilio Monteiro Alves revelou que em breve deve anunciar acordo com o banco por uma nova forma de pagamento para que o clube passe a receber o dinheiro da bilheteria dos jogos.

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A Caixa emprestou R$ 400 milhões ao Corinthians para a construção de sua arena, no bairro de Itaquera , por conta de juros e correções monetárias, a dívida cresceu, até ser executada pelo banco no valor de R$ 539 milhões, em 2019, pois o clube atrasou pagamentos das parcelas do acordo anterior. Esse valor, também devido aos juros, subiu para R$ 650 milhões. Após inúmeras suspensões e negociações entre as partes, o banco aceitou diminuir o valor.

- O Corinthians tem hoje uma divida apenas com a Caixa, há algum tempo desde o mandato do presidente Andrés Sanchez, no fim do ano passado com o acordo com a Caixa sendo colocado no papel na parte de contrato. Não é um negócio simples, envolve muito dinheiro, um fundo, que é quem cuida da Arena, que seria o dono da Arena, que tem hoje Corinthians e Caixa, a Odebrecht deixa esse fundo agora - explicou o mandatário em entrevista para a Rádio Capital, no último sábado.

Segundo o GE, o acordo anterior previa que o Alvinegro pagasse toda a dívida até 2028, mas com o dinheiro do naming rights, que será pago em 20 anos, a negociação ganhou novo rumo e o prazo fechado com o banco estatal seguirá o tempo de contrato com a Hypera Pharma, que termina em 2040, quando depositará a última parcela dos R$ 300 milhões pela exploração do estádio.

Esse novo acordo também dará dois anos de carência ao Corinthians, ou seja, só começará a quitar o restante da dívida em 2022, com prestações anuais e não mais mensais como era anteriormente. Atualmente o débito está em R$ 569 milhões, que serão abatidos ao longo do tempo pelos R$ 300 milhões da Hypera Pharma, restando R$ 269 milhões para serem diluídos em 17 anos.

Com o acordo assinado, o Timão pode voltar a receber valores referentes às bilheterias dos jogos, algo que não acontece desde 2014, quando passou a jogar na Arena. De lá para cá, todo o dinheiro arrecadado foi para o fundo que administra o estádio. Segundo Duilio, isso está perto de mudar, já que revelou que se reuniu com o presidente da Caixa, recentemente, para discutir o acordo.

- Na semana passada estive em Brasília, na presidência da Caixa, numa reunião muito boa e a gente vem finalizando esse acordo. Então o Corinthians, neste momento, tendo a volta do público, teria a receita da Arena pelo menos até o fim do ano que vem. Isso vai nos ajudar bastante, lógico que a volta do público com responsabilidade, pensando sempre na saúde em primeiro lugar, mas a gente espera que a pandemia passe rápido e a gente possa ter essa receita e possa melhorar ainda mais o nosso planejamento, a nossa parte de contas e colocar o clube em ordem.

Ainda segundo Duilio Monteiro Alves, o anúncio desse acordo não deve tardar. Para ele, uma definição deve acontecer ainda neste mês de agosto, no máximo em setembro, para que o quanto antes o clube possa receber a arrecadação da Arena em dias de jogos e, assim, possa prosseguir na reestruturação financeira iniciada em janeira deste ano quando assumiu a presidência alvinegra.

- Eu imagino que em agosto ou em mais um mês a gente tenha esse acordo finalizado com a Caixa, que a gente possa anunciar as bases que ele foi feito. Mas vai nos ajudar bastante, é uma receita que o Corinthians não tem há sete anos. Nos últimos ano todos os clubes do Brasil ficaram sem essa receita, e a gente viu grandes déficits no fechamento das contas, com valores negativos acima de R$ 100 milhões. Se você colocar isso na balança, o Corinthians vem há anos sem esse dinheiro, sem essa receita, foi um dos motivos pelos quais a dívida cresceu. Muito se falou que o estádio era de graça, que não teria que pagar, pelo contrário, o Corinthians vem pagando, por isso teve esse acréscimo grave de dívida no últimos anos, e ficou claro com a pandemia - concluiu.

Além desse valor em relação ao estádio, o Corinthians tem uma enorme dívida do clube que chega perto da casa de R$ 1 bilhão. O dinheiro de bilheteria certamente aliviaria as finanças corintianas, principalmente nos débitos de curto prazo, que precisam ser pagos em até um ano. Até aqui, Duilio conseguiu enxugar cerca de R$ 3,3 milhões em salários, mesmo com as contratações.

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