Medina cai nas quartas, é vice e John John fatura o bicampeonato mundial

Brasileiro fica pelo caminho e facilita vida do havaiano, que termina com o segundo lugar no Pipe Masters. Florence perde a decisão para o francês Jeremy Flores, algoz do paulista

john john florence
John John Florence comemorou o título do Circuito Mundial após a eliminação de Gabriel Medina (Foto: WSL)

Escrito por

O havaiano John John Florence contou com um tropeço de Gabriel Medina e conquistou na noite desta segunda-feira o título do Circuito Mundial de surfe (WCT) pelo segundo ano consecutivo.

O resultado foi sacramentado quando o paulista caiu diante de Jeremy Flores nas quartas de final. O francês levou a melhor por 12,76 a 6,04 e avançou. 

– Sempre foi meu sonho ganhar o título mundial aqui em casa. A preparação para este evento foi nervosa. Eu não sei nem o que dizer. Estou tremendo. Tantas pessoas estiveram ao meu lado neste ano. A jornada foi incrível. Foi um ano maravilhoso e eu estou amarradão. Eu acho que eu aprendi muito sobre mim mesmo neste último ano competindo com tanta pressão, especialmente, por ter vencido no ano passado. Este foi um ano que eu tive alguns altos e baixos, mas, na maior parte do tempo, me diverti bastante. Eu queria muito, muito, muito curtir cada momento – disse Florence.

O dia só não foi perfeito para o sufista porque ele tomou, horas depois, uma virada na última onda na decisão, justamente do algoz de Medina. Flores totalizou 16,23 contra 16,16 do havaiano para faturar o título do último evento do calendário da elite do surfe. No geral, ele se despediu em 15º lugar.

John John surfou o melhor tubo da bateria, recebeu a maior nota e somou o 8,93 com 7,23, descartando um 7,03 da última onda. Jeremy só reagiu no final, quando entrou na briga com um tubo 7,90 e conseguiu a virada com o 8,33 recebido no último que surfou para chegar ao resultado.

Medina precisava vencer a etapa e torcer para que John John não chegasse à final se quisesse selar o bicampeonato. O campeão fechou a temporada com 56.000 pontos, enquanto Medina somou 53.700 e ficou com o vice. Em 2014, o brasileiro deu o primeiro título do WCT ao país.

– Estou bem cansado agora, porque dei tudo de mim lá dentro da água. Foi um grande ano, apesar de uma lesão que tive no início dele, mas tentei fazer o meu melhor. Tive alguns resultados ruins, mas também consegui bons resultados. Foi um ano longo e é difícil lidar com estes altos e baixos, isso foi estressante, mas faz parte do jogo. Meu objetivo aqui era chegar na final, não consegui, mas no ano que vem estarei de volta com tudo de novo – falou Medina.

Na semifinal, Florence despachou outro sufista verde e amarelo. Ian Gouveia fez uma disputa muito apertada, que terminou em 12,56 a 12,33 para o dono da casa. Até a reta final, o estreante na elite levava a melhor, mas o havaiano conseguiu um tubo salvador para virar o placar e se classificar. 

Ian se despediu em terceiro na etapa, em 23º lugar, uma posição abaixo da zona de classificação ao Circuito Mundial de 2018. Ele também não se classificou pelo ranking do WQS, a divisão de acesso, mas receberá um convite da Liga Mundial de Surfe (WSL, em inglês).

Na outra semi, Flores derrotou o americano Kanoa Igarashi por 12,20 a 11,33.

Mais brasileiros no ano que vem

Os campeões mundiais Gabriel Medina e Adriano de Souza, além de Filipe Toledo, Caio Ibelli e Italo Ferreira foram os brasileiros que permaneceram na elite. Cinco novidades se classificaram pelo QS: o paulista Jessé Mendes, os catarinenses Tomas Hermes, Yago Dora, Willian Cardoso e o cearense Michael Rodrigues.

Os que saíram do time e terão de disputar a divisão de acesso no ano que vem são os paulistas Miguel Pupo e Wiggolly Dantas e o potiguar Jadson André.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!

backgroundNewsletter