Em meio à crise, Cano enfrenta seu maior jejum de gols no Vasco; Diniz precisa potencializar o artilheiro

Argentino não marca há dez jogos, desde a estreia de Lisca, que deixou o clube na quarta. Novo comandante terá a tarefa de ajudar seu principal jogador a voltar a ser decisivo

Cano - Vasco
Cano participou de uma entrevista coletiva nesta sexta e falou sobre seu jejum no Vasco (Foto: Rafael Ribeiro / Vasco)

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Desde início da Série B, o Vasco segue derrapando e não consegue engrenar para entrar de vez no G4. Em meio à fraca e decepcionante campanha, um jogador enfrenta sua pior fase com a camisa do clube. Germán Cano alcançou a marca de dez jogos sem balançar a rede, a maior desde que chegou ao Cruz-Maltino. Os motivos para a queda de rendimento do argentino são variados e cabe a Fernando Diniz potencializar o desempenho de seu artilheiro. 

Para fazer com que o maior nome do elenco volte a ter boas atuações, o novo comandante não terá muito tempo. Restam quinze rodadas e o time de São Januário necessita pontuar para não deixar o pelotão de frente se distanciar. Com isso, é necessário encontrar o equilíbrio para que o atleta, que costuma ser letal na área, seja novamente decisivo.

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Ao logo de sua carreira, Diniz apostou em ataques com muita mobilidade, para atrair a marcação e gerar espaços. Foi assim com Luciano, Marcos Paulo e Yony González no Fluminense, e novamente Luciano, dessa vez com Brenner, no São Paulo. No Vasco, Cano tem outra característica, voltada a um excelente poder de finalização. Porém, já demonstrou que tem qualidade para ajudar também na construção com tabelas e troca de passes.

- Espero dar o melhor com esse novo treinador, como sempre fiz desde que cheguei ao Vasco. Sei que estou há 10 jogos sem fazer gol, mas estou tranquilo. Confio nas minhas capacidades, estou trabalhando, sou profissional e sempre busco melhorar - disse o atacante durante a coletiva de imprensa desta sexta-feira.

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Na era Lisca, Cano saiu bastante da área para buscar jogo, já que a bola pouco chegava em condições do argentino finalizar e levar perigo ao gol adversário. Em determinados momentos, ele aparentou estar impaciente com o jejum e chegou a desperdiçar um pênalti contra o Brasil de Pelotas. No entanto, ajudou o time com bons passes como na origem do gol de Andrey contra a Ponte Preta e no de Morato diante do Avaí. 


- Não conectamos bem com o professor Lisca. Implantou uma ideia de jogo que muitas vezes dentro de campo não aconteceu da maneira que ele queria. Em outras vezes aconteceu, mas isso é algo que ocorre no futebol. O jogador está sempre predisposto para fazer o melhor em campo. Às vezes ela não acontecem - analisou o atacante.

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Sem marcar desde a partida contra o Guarani, na estreia de Lisca, dia 24 de julho. Cano também diminuiu a pontaria. De acordo com o "Footstats", nesses dez jogos, o argentino teve 22 finalizações, com três certas, e nenhum gol marcado. Esses números representam que o atacante teve um aproveitamento de apenas 13% no período e passou em branco contra Botafogo, Vitória, Remo, Londrina, Operário-PR, Ponte Preta, Brasil-RS, Avaí, e nos dois jogos diante do São Paulo pela Copa do Brasil.

- Às vezes as coisas não acontecem dentro do campo. Acredito que aqui todo mundo está trabalhando para melhorar. Às vezes joga bem, às vezes joga mal, eu não faço gol... Mas o time está comprometido completamente. Estamos passando por uma tormenta que vai passar muito rápido, eu acredito nos jogadores e nas minhas capacidades - afirmou.

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Mesmo com o jejum, Cano é a maior esperança de gols do Vasco para conquistar o acesso. Desde que chegou, o argentino enfileirou recordes pelo clube carioca. Com 38 gols, ele se tornou o maior artilheiro estrangeiro do Cruz--Maltino no Século XXI. Além disso, no geral, ele é o segundo estrangeiro que mais balançou a rede pelo clube, atrás apenas do uruguaio Villadoniga que tem 83 gols.

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