Lopes fala de amizade com Eurico e cita momento mais marcante com o ex-presidente

Nesta tarde, Antônio Lopes, que esteve presente no velório de Eurico Miranda na noite da última terça-feira, dia em que o ex-presidente faleceu vítima de complicações de um tumor no cérebro, aos 74 anos, também compareceu ao sepultamento de Eurico no cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio.

Lopes, aliás, parou para falar com a imprensa e lembrou com carinho de Eurico Miranda, com quem tinha uma relação muito próxima, e em especial do título da Libertadores conquistada em 1998, quando foi o técnico campeão, enquanto Miranda, o vice-presidente.

- Ele ajuda muito os jogadores e os treinadores. Me ajudou muito na conquista de 1998. Todo mundo fala isso e aquilo do Eurico, mas nunca o vi fazendo mal a alguém dentro do futebol. Era um figura humana exemplar. Nossas famílias se davam muito bem. Tenho muitos títulos pelo Vasco, e isso muito graças a ele.

- O Vasco perde muito. Não vejo ninguém para substituir o Eurico à altura na liderança do Vasco, que vai sentir muito a sua falta. Aliás, não só o Vasco, como o todo futebol do Rio. Ele ajudava os outros clubes também. O Fluminense é prova disso: todos nós lembramos quando o Fluminense iria cair para Série C e ele lutou para que isso não acontecesse (com a influência na criação da Copa João Havelange, em 2000) - disse Lopes, completando sobre uma passagem que o marcou com Eurico:

- Tive momentos marcantes. O principal foi na final dessa Libertadores, em nossa chegada a Guayaquil (onde o Vasco encarou o Barcelona local). Fomos recepcionados em um corredor polonês, quando saímos do ônibus em direção ao hotel com figuras de índios. O Eurico chegou chutando o balde e acabou com tudo que estava formado, estourou. Isso me me marcou.