Renato Gaúcho pede demissão no Grêmio

Diego Souza (Foto: Paulo Sérgio)
Diego Souza (Foto: Paulo Sérgio)

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Uma era está acabando. A história de ídolo máximo no comando do time está finalizada. Apesar de não ter sido anunciado oficialmente, o técnico Renato Gaúcho pediu demissão no Grêmio. Uma reunião entre Paulo Odone e o departamento de futebol, ainda nesta quinta, vai sacramentar a decisão do treinador para que o anúncio oficial possa ser feito.

Pessoas próximas ao técnico confirmam que ele pediu o desligamento do clube que é ídolo após o empate com o Avaí. Já na sexta-feira, Renato Gaúcho havia dito que sairia se considerasse que estivesse atrapalhando o Grêmio. O técnico não esperou nem os ‘cascudos’ que pediu ganharem ritmo de jogo.

A decisão foi passada para a diretoria após o jogo desta quarta. Durante quase uma hora, técnico, vice de futebol e presidente se reuniram dentro do vestiário. Foi neste momento que Renato pediu para deixar o clube.

Na entrevista coletiva após o empate contra o Avaí, Paulo Odone já dava sinais de que a mudança poderia acontecer. Ele respondeu da seguinte maneira se garantiria Renato no cargo:

- Não garanto nada. Garanto que vamos tomar uma decisão sem medo de tomá-la. Vamos tomar essa decisão. Concordo que temos que mudar, mudar a trajetória.

Curiosamente, Renato Gaúcho preferia se mostrar tranquilo quanto ao futuro do Grêmio.

- A campanha é boa, reitero isso. Não sei porque vocês estão fazendo essa tempestade. Continuo perguntando o porquê disso - afirmou o treinador ao ser cobrado após o empate com os catarinenses.

Porém o mais curioso foi o fato de antes do jogo o vice-presidente de futebol Antônio Vicente Martins ter afirmado que via Renato como “uma espécie de Alex Ferguson do Grêmio” em uma alusão ao treinador do Manchester United, à frente do clube inglês desde a década de 80.

- Na minha opinião, o o Renato Gaúcho pode ser uma espécie de Alex Ferguson do Grêmio. Ele é um profissional com qualidades para isso. Renato pode construir uma carreira de anos e anos no comando da nossa equipe, assim como fez o Foguinho (ex-jogador e ex-treinador), que mudou a história do clube. Antes de eu começar a trabalhar com o Renato, eu pensava que a nossa relação de trabalho poderia ser mais difícil, até por ele ser um ídolo do clube, inclusive um ídolo meu. Porém, depois percebi que não haveria problema algum e hoje nós temos uma relação muito boa de trabalho dentro do clube - disse o dirigente antes do jogo.


Apesar deste discurso, a quinta-feira será de despedidas no Olímpico. Antes do anúncio oficial, Renato vai conversar com o grupo que ajudou a montar. Depois, deixará o clube que o projetou como jogador.

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