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Mazzola, o craque que não pôde ser bicampeão em 1962

Mazzola/1958 - (Foto:Divulgação)
imagem cameraMazzola/1958 - (Foto:Divulgação)
Dia 27/10/2015
21:48

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Por questões políticas da época, o ex-atacante Mazzola deixou de ser bicampeão do mundo com a Seleção Brasileira. Autor do primeiro gol da campanha vitoriosa em 1958, ele teve de defender a Azzurra quatro anos depois, em 1962, ficando assim fora da festa verde-amarela no Chile.

- É muito simples. Naquele tempo, o Brasil não chamava quem jogava no exterior. Ninguém. Eu estava no exterior e não seria chamado. Eu, com 23, 24 anos, ficaria muito chateado se perdesse um Mundial. Não fui eu que deixei o Brasil. Foi o Brasil que me deixou - contou Mazzola.

Após fazer parte da primeira geração brasileira campeã do mundo, na Suécia, o jogador deixou o Palmeiras rumo ao Milan (ITA). Na Velha Bota,  ele começou a ser chamado pelo real nome, José João Altafini, em vez do antigo apelido de Mazzola (por conta da semelhança física com Valentino Mazzola, craque italiano da década de 1940).


À direita, Mazzola junto de Pelé e outros colegas (Foto: Arquivo/Globo)

Ciente de que teria raríssimas chances de ser chamado novamente pela Seleção Brasileira, devido ao favorecimento por parte da então Confederação Brasileira de Desportos (CBD) em relação aos atletas em ação no país, Altafini decidiu se naturalizar italiano e, em 1962, vestir a camisa da Azzurra. Uma forçada escolha pessoal da qual, se não tem arrependimento, pelo menos lamenta muito as consequências.

- A Itália foi muito desorganizada, perdemos muito mal no Chile. A minha participação em seleções acabou naquele ano. É uma tristeza que não pode voltar atrás. Foi uma honra, mas também uma pena porque a Itália foi mal. Foram diferentes situações na minha vida. Mas o mais importante foi seguir jogando futebol, o que sempre me deu enorme satisfação - disse Altafini, eliminado na primeira fase na Copa de 1962.

Mazzola, ou Altafini, é um dos grandes nomes da história do futebol italiano. Conquistou quatro vezes o campeonato nacional (duas pelo Milan e duas pela Juventus), além de uma Liga dos Campeões, em 1963, pelo Milan. É o terceiro maior artilheiro da Serie A, com 216 gols. Durante décadas ele deteve o recorde de maior número de gols em uma única edição da Champions, até ser superado por Messi, na última edição.

Mazzola foi campeão do mundo em 1958Outros cinco repetiram a façanha

Mazzola não foi o único jogador na história do futebol a defender dois países distintos em Copas do Mundo. Além dele, Luis Monti (em 1930, pela Argentina, e em 1934, pela Itália), Puskas (em 1954 pela mágica Hungria e, em 1962, pela Espanha), José Santamaría (em 1954 foi do Uruguai, e em 1962 atuou pela Espanha), Prosinecki (atuou em 1990 pela extina Iugoslávia, e oito anos depois pela Croácia) e Stankovic (pela Iugoslávia, em 1998, e Sérvia e Montenegro, em 2006) fizeram o mesmo.









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