Aidar e Marco Aurélio discutem por boicote e clima fica tenso no São Paulo
Um dos encontros mais esperados da noite de eleição no São Paulo se deu em clima tenso. Principais nomes do pleito desta quarta-feira, Carlos Miguel Aidar, eleito sucessor de Juvenal Juvêncio, e Marco Aurélio Cunha, líder da oposição, se desentederam por conta do novo boicote à votação do projeto de cobertura do Morumbi.
O boicote foi liderado por Kalil Rocha Abdalla. Antes candidato da oposição à presidência, Kalil desistiu de concorrer para evitar a votação do projeto. E irritou Aidar.
- O São Paulo será a quarta arena por causa de vocês - disparou o situacionista, em conversa mais acalorada com Marco Aurélio Cunha, com referência aos novos estádios de Corinthians e Palmeiras.
Polêmica! Aidar vence eleição e oposição se manifesta
Aidar chegou a comparar Marco com Roque Cittadini, ex-dirigente do Corinthians e que ganhou fama de falastrão. Marco tentou argumentar que era a favor da votação, mas Aidar o repeliu dizendo que havia visto entrevistas dele afirmando o contrário. Julio Casares, vice-presidente de comunicação e marketing de Juvenal, também atacou o rival.
- É um desrespeito o que ele fez. Organiza o boicote para os outros não entrarem e depois chega para votar - disparou.
Aidar está eleito por ser candidato único e vai suceder Juvenal. O ex-presidente ficou oito anos no cargo, em três mandatos, o último em força de manobra articular por Aidar.
O projeto de votação da cobertura já tinha sido boicotado outrora pela oposição. A obra deve custar cerca de R$ 500 milhões, e a atual cúpula do São Paulo diz ter os parceiros para bancar a reforma. Para isso, porém, tem de passar a administração de um espaço para shows que seria construído no Morumbi.