Presença de Azarenka faz Kostyuk recusar evento beneficente em prol da Ucrânia

Tenista ucraniana está na bronca com ex-número 1 do mundo

Marta Kostyuk - 15 anos e está na 3ª rodada do Australian Open
Foto: Divulgação

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A ucraniana Marta Kostyuk, 72ª da WTA, revelou que não participará do evento de caridade em prol da Ucrânia promovido pela organização do US Open. A razão da jovem tenista é a presença de Victoria Azarenka no elenco.

Através do perfil da ederação ucraniana de tênis, Kostyuk confirmou que foi convidada a participar do evento, assim como acredita que todos os tenistas ucranianos foram. Entretanto, Kostyuk ressalta que em momento algum ela ou os colegas foram questionados sobre a forma como se sentiriam com a presença de tenistas russos e bielorrussos.

"Claro que recebi o convite. Acho que todos os jogadores receberam. Quando Lesia Tsurenko e eu percebemos - vou falar apenas de nós duas, porque não questionei nenhum outro sobre - que representantes de Rússia ou Belarus no evento, imediatamente decidi que não participaria disso", esclareceu Kostyuk.

O evento será realizado dia 24 de agosto, que é o dia de celebração da independência da Ucrânia e para a jovem, a presença de tenistas dos países agressores não correspondem aos interesses ucranianos e de seu povo.

A presença de Azarenka na escala do evento incomoda particuplarmente Kostyuk, porque Vika sequer procurou tenistas ucranianas para questionar sobre algo que precisavam, mesmo sendo a ex-número 1 do mundo membro do conselho de jogadoras. Kostyuk ficou particularmente incomodada por Azarenka comunicar-se diretamente com o francês Gael Monfils, que é casado com a ucraniana Elina Svitolina e um dos melhores amigos de Azarenka, bem como o ex-top 49 ucraniano Sergyi Stakhovsky.

"Não sei por qual razão chamaram Victoria Azarenka. Não houve nenhuma ajuda dela em nossa direção. ela não se comunicou comigo, mas sei que se comunicou com Serhiy Stakhovsky e Gael Monfils em Madri", ressaltou.

"Não houve diálogo pessoalmente, ao menos comigo, até onde sei não sou invisível. Talvez eu não seja visível o suficiente para ser relevante pelo meu ranking, mas não é disso que estou falando, falo do fato de que tenho estado ativa desde o começo da guerra", ressalta.

"Então não entendo por que ela ligou, não consigo entender por que ela vai fazer isso (participar do evento). Sabendo que tipo de relacionamento ela tem com todos nós. Não aconteceu que ela se reunisse com todos nós e dissesse, dizem, meninas e meninos, aqui estão 10 mil para você, por favor, você sabe quem precisa ser ajudado. Não foi nem perto disso. Ela não tem boas relações pessoais conosco", destacou Kostyuk que afirmou que atletas ucranianos já haviam dito diretamente a Azarenka que ela, seus compatriotas e russos não seriam tolerados.

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