Três anos após ‘operação Muricy’, São Paulo aposta em Marco Aurélio

Para fugir da zona de rebaixamento, problemas no elenco e na política, diretoria de Juvenal Juvêncio recorreu a uma figura querida da torcida para resgatar a paz com a torcida

Marco Aurélio Cunha - seleção feminina
Reprodução L!TV

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Ao mirar em Marco Aurélio Cunha para ser o substituto de Gustavo Oliveira como principal figura do departamento de futebol, a diretoria do São Paulo tenta cumprir roteiro semelhante ao seguido pelo clube em 2013. Assim como neste ano, o Tricolor vivia momento turbulento em campo e na política e a chegada de uma figura querida pela torcida foi vista como ideal para estancar os problemas.

Muricy Ramalho foi o nome escolhido pelo então presidente Juvenal Juvêncio, morto em 2015, para ser o grande escudo são-paulino. Com o retorno do ídolo, os torcedores sentiram-se ouvidos e os inimigos políticos foram acalmados diante da medida popular – e populista – da diretoria. E é basicamente essa a estratégia por trás do interesse em Marco Aurélio.

A torcida, nas redes sociais, abraça com fervor a volta do ex-superintendente de futebol do tricolor e atual diretor das Seleções femininas na CBF. A diferença, em relação a Muricy, é que há uma resistência um pouco mais forte e barulhenta entre conselheiros.

Reclamam que Marco ficou muito tempo longe do clube (saiu em 2011), que como conselheiro não poderia ser remunerado para cargo executivo e até por ter deixado a oposição mais ferrenha para ter relação mais próxima com a gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva.

Além de ter sido superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha ocupou posto de médico do São Paulo. Fora do clube, também foi vereador na capital paulista até 2015

Já quem defende a volta de Marco valoriza sua eficiência como porta-voz. Tanto para fazer a interlocução do elenco e da comissão técnica com a diretoria, quanto para o contato com a imprensa. Desde que Leco assumiu, o departamento de comunicação identificou uma carência de figuras atraentes para defender o clube diante das câmeras e microfones, alguém que representasse a torcida.

Marco Aurélio sempre se destacou justamente por essas características, ausentes em Gustavo Oliveira, por exemplo. Nas últimas semanas, o diretor de futebol José Jacobson Neto decidiu, por iniciativa própria, aparecer mais em defesa do clube. Diagnosticou o problema, tratou do tema com os assessores e chamou a responsabilidade. A postura agradou até o elenco, mas é consenso de que é preciso mais. E em Marco Aurélio Cunha eles confiam.

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