Presidente Julio Casares afirma que dívida do São Paulo está controlada e critica gestão Leco

Mandatário descartou possibilidade do Tricolor se tornar SAF no momento

Julio Casares comparou o São Paulo com o Palmeiras
(Foto: Reprodução/ São Paulo FC)

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Pela primeira vez desde 2017, o São Paulo deve fechar o ano com redução em suas dívidas - hoje estimada em cerca de R$ 700 milhões, segundo apurado pela reportagem do LANCE!. Julio Casares, presidente do clube, garantiu que o cenário é de controle e prometeu melhora na situação do Tricolor nos próximos anos.

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- Herdamos uma dívida enorme e de curtíssimo prazo, onde tínhamos cinco processos na Fifa. Mas em dois anos conseguiu estabilizar e buscar equilíbrio da sua dívida. Uma dívida que está controlada, administrada. 2023 será um ano muito difícil, mas 2024 e 2025 começa a dar um cenário muito melhor - disse o mandatário em entrevista à ESPN.

De 2015 a 2020, quando Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, esteve na presidência do clube, a dívida — antes estimada em R$ 300 milhões — dobrou. Ao final de 2020, esta já girava em torno dos R$ 606 milhões.

Quando a gestão atual assumiu, havia R$ 82 milhões de curtíssimo prazo e o risco de sanção na Fifa. Há ainda dívidas com empresários e jogadores.

- 2019 foi um ano em que o clube avançou demais nos gastos, assumiu dívidas impagáveis. Seria muito fácil eu chegar aqui e falar que vou comprar três, quatro ou cinco craques, assumindo custo para quatro anos seguintes e disputar mais títulos. Mas não posso fazer isso, porque, se eu fizer, vou fazer exatamente o mesmo modelo que fizeram em 2019 - disse Casares, em tom crítico a Leco.

Leco e Julio Casares - São Paulo
Gestão Leco foi criticada por Casares (Foto: Reprodução/Instagram)

O ano citado pelo atual presidente foi uma época em que o São Paulo fez contratações caras e apostou em jogadores de altos salários, como Hernanes, Tchê Tchê, Alexandre Pato, Daniel Alves e Pablo. Na temporada seguinte, veio a pandemia e muitas dívidas com os atletas do elenco foram acumuladas.

- Assumimos no meio de uma pandemia, sem dinheiro de bilheteria, sem marketing. Chegava aqui e tinha oficial de Justiça todo dia querendo penhorar coisas do São Paulo. Resolvemos isso e estamos quitando - explicou Casares.

O mandatário são-paulino ainda descartou a possibilidade do clube se tornar uma SAF no momento. Segundo ele, ainda é preciso um debate profundo sobre o assunto e o cenário atual é de controle.

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