São Paulo precisa encontrar uma maneira de ajudar Rojas a marcar

Meia-atacante equatoriano não possui a mesma capacidade de recomposição de Marcos Guilherme, antigo titular na sua posição, e sofreu na derrota para o Grêmio, nessa quinta

Gremio x São Paulo
Joao Rojas não conseguiu ser eficiente na marcação do setor mais forte do Grêmio (LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA)

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Logo em sua estreia, contra o Flamengo, na semana passada, Joao Rojas mostrou habilidade e deu assistência para o gol de Everton, indicando que pode mesmo ser uma boa alternativa ofensiva. Mas, na derrota por 2 a 1 para o Grêmio, nessa quinta-feira, em Porto Alegre, expôs que precisará de ajudar para marcar como fazia Marcos Guilherme, o antigo dono da posição.

É bom ponderar que o equatoriano encarou em Porto Alegre o setor mais forte de um dos times que é, indiscutivelmente, um dos melhores do Brasil. Ainda assim, o camisa 23 mal conseguiu segurar o avanço de Marcelo Oliveira, um lateral-esquerdo de características muito mais defensivas.

Everton teve uma atuação impecável, tanto que nem adiantou Arboleda se aproximar de Militão para dobrar a marcação nele. Uma solução seria dificultar que a bola chegasse ao atacante, e foi aí que Rojas não foi eficiente, também por falta de ajuda. Luan passou a transitar mais por ali, e o lado esquerdo do ataque gremista era o principal alvo dos passes de Maicon.

Para piorar, Hudson levou cartão com 22 minutos de jogo e teve de pensar duas vezes antes de dar combate ao longo de todo o resto da partida. Fatores que complicaram ainda mais a função defensiva de Rojas, que recuou sem conseguir uma marcação eficiente e acabou não subindo para ajudar em sua especialidade, no ataque. Ainda assim, foi ele que jogou a bola na área no gol de Diego Souza.

Entre as críticas que Marcos Guilherme recebia, nenhuma delas, com certeza, era por sua capacidade de marcar. O hoje jogador do Al Wehda, da Arábia Saudita, voltava tanto para ajudar na defesa que chegou a terminar partidas  como lateral sob o comando de Dorival Júnior. O técnico Diego Aguirre também aprovava seu empenho na função e, por isso, o utilizou ao máximo, para ter condições de ter um time ofensivo sem se abrir tanto.

Ao mesmo tempo, Aguirre indicou Rojas por sentir que, com ele, a equipe ganharia uma alternativa ofensiva pela direita para depender menos do lado esquerdo, que já conta com Everton e Reinaldo e é frequentemente ajudado por Nenê. A necessidade, agora, é encontrar uma forma para aproveitar todo esse potencial do equatoriano sem deixar o corredor aberto.

Pensando mais para frente, a preocupação aumenta. A partir da segunda semana de agosto, a lateral direita não será mais de Militão, vendido ao Porto, de Portugal, e tende a ser de Bruno Peres, que costuma ser muito mais ofensivo. A chave para equilibrar o time defensivamente pode ser um ajuste no posicionamento dos volantes. De qualquer forma, é fato que Aguirre precisa pensar nisso para não perder tantos pontos na luta pelo título brasileiro.

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