São Paulo partiu para uma ‘trocação’ na qual está fadado a sair derrotado

Sem a mesma profundidade de elenco do rival e com desfalques por questões físicas, Tricolor partiu para uma estratégia suicida com a qual já foi superado várias vezes

Palmeiras x São Paulo
São Paulo deixou o Palmeiras confortável para fazer o queria desde o início (Foto: Staff Images/Conmebol)

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O São Paulo entrou em campo na última terça-feira com uma ligeira desvantagem em relação ao Palmeiras no jogo de volta das quartas de final da Copa Libertadores. Precisando marcar pelo menos num gol para ter chances de classificação, a equipe de Crespo partiu para um estratégia suicida, com a qual já foi derrotada no mesmo local em anos anteriores, e foi derrotada de novo.

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Embora um clássico não tenha favoritos e o estado anímico influencie em qualquer faísca de vantagem, a verdade era que o cenário estava desenhado para uma partida ao gosto do Verdão, que ficaria compactado na defesa e sairia em contra-ataques aproveitando os erros do Tricolor. Algo que lembra bastante aquela sequência enorme sem conseguir vencer no Allianz Parque.

E foi assim que o primeiro gol palmeirense saiu... Bola perdida no ataque, contra-ataque armado, falha na cobertura e vacilo de Tiago Volpi, erros atrás de erros, tudo o que mais o Alviverde gosta (e muito). Histórias que se repetiram em parte nos outros tentos anotados por Dudu e Patrick de Paula, respectivamente. Em resumo, entrar para a "trocação" com o Palmeiras, sem conseguir agredir minimamente o rival, é derrota certa, não tem jeito.

A lição já deveria ter sido aprendida, mesmo que Crespo não tenha vivido aquela fase de atropelamentos no Allianz. Foi ele o responsável por encontrar um esquema que não permitisse essas armadilhas alviverdes dentro de casa, mas repeti-lo, com a limitação de elenco com a qual convive frequentemente, acabou sendo um motivo grande para a eliminação nas quartas de final.

Com a marcação e perseguições individuais, o rival levou muita vantagem, principalmente por ter mais atletas qualificados física e tecnicamente para levar essas vantagens. Benítez e Luciano, por exemplo, que poderiam fazer a diferença, não conseguem manter uma sequência e desfalcam as possibilidades do treinador, deixando poucas alternativas para fazer isso.

Não é à toa que no melhor lance são-paulino da partida, Rigoni deu um passe milimétrico para Pablo ficar livre, cara a cara com Weverton, mas o atacante acabou finalizando muito mal, bem acima do travessão. Luciano, como oportunista e bom finalizador que é, talvez não perdesse. Éder, que entrou no lugar de Pablo, parecia ainda longe de suas condições, e mal tocou na bola. Vitor Bueno, que substituiu Sara, foi expulso ao "solar" Gustavo Gómez.

Com muita posse de bola e sem ninguém com capacidade de decisão em condições de atuar, tanto no campo, quanto no banco, o São Paulo não tinha como se garantir no ataque e acabou expondo sua defesa, que falhou. Enquanto isso, no rival, os homens de frente deitaram e rolaram, e os de defesa se sobressaíram. Isso porque ainda tinha mais gente boa fora para entrar.

Para ter chance de sair vencedor contra o Palmeiras, a melhor arma seria evitar o conforto do rival e jogar de forma a expor os defeitos que ele possa apresentar, e não deixar evidentes as suas próprias limitações. Em partidas desse nível, qualquer vacilo é decisivo, mas uma série deles é mortal. A "trocação" são-paulina, definitivamente, não foi a melhor escolha de Crespo.

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