Kardec sonha com chance na Liberta e diz: quem chegar ‘terá de ralar’

Com a iminência do São Paulo de perder Calleri, camisa 14  confia que poderá ser titular e decisivo no segundo semestre, mesmo se o Tricolor contratar novo centroavante

Alan Kardec - São Paulo
Alan Kardec tem dois gols em 34 partidas nesta temporada (Foto: Marcello Zambrana/Agif/LANCEPRESS!)

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- Acredito na virada na Libertadores. Penso em estar entre os 11. O jogo de domingo vai deixar boa dor de cabeça no treinador - avisou Alan Kardec.

E se depender da confiança de Alan Kardec, o torcedor do São Paulo pode esperar por dias melhores na temporada. O centroavante, antes abatido por más atuações e jejum de gols, agora esbanja otimismo. O gol contra o Fluminense o reergueu, a ponto de sonhar com chance diante do Atlético Nacional (COL) na próxima quarta-feira e de avisar a Edgardo Bauza: se buscar um substituto para Calleri, é bom caprichar na escolha.

- Essa questão é entre comissão técnica e diretoria. Estou tranquilo. Quem chegar vai ter que ralar muito, porque darei minha vida por uma sequência de jogos, gols e vitórias. Se eu estiver no meu melhor, estarei ajudando a todos. Sei que meus números não são o que esperavam, mas também sei que a diretoria tem confiança total. Em momento algum eles pensaram em abrir mão de mim. Quem vier vai ter que ralar muito, estou muito empenhado - bradou.

Kardec tem dois gols e duas assistências em 34 partidas na temporada e reconhece que teve um primeiro semestre bastante irregular. O atacante só não quer ver ninguém dizendo que seus bons momentos se restringiram aos rivais Santos e Palmeiras. O camisa 14 faz questão de lembrar dos dez gols marcados em seis meses em 2014 e em mais 11 em 2015, ano em que perdeu sete meses devido à grave lesão no joelho direito.

- Fomos vice-campeões em 2014 e eu ajudei bastante a equipe. Em 2015 começamos o ano de forma irregular, mas tinha oito gols. Voltei da lesão e ajudei o time a se classificar para a Libertadores. Estamos falando de um semestre que já passou, sem regularidade, mas coisas boas já aconteceram. É o momento de uma virada, tenho capacidade para isso - exaltou.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Alan Kardec:

O que espera do jogo de domingo contra o América-MG? Dá para tirar o foco da semifinal da Libertadores?

É de oportunidade para recuperar o time. Temos que voltar a vencer no Brasileiro, mesmo que alguns estejam pensando na Libertadores. Temos a obrigação de vencer em casa, porque já deixamos muitos pontos. É uma responsabilidade muito grande, como a que teremos quarta-feira contra o melhor time da Libertadores. É uma situação difícil, mas de oportunidade.

Calleri - São Paulo
Calleri tem contrato até o fim da Libertadores, mas pode sair antes para defender a Argentina (Foto: Érico Leonan/saopaulofc.net)

Mas o resultado de domingo pode influenciar na quarta-feira?
Ajudaria bastante. Toda vitória é bem-vinda. Se vencermos bem, traz moral e confiança para a sequência, mesmo sendo competições diferentes. Espero que seja diferente do que foi contra a Ponte Preta. Tínhamos uma expectativa de vencer fora e perdemos um jogador muito cedo pelos critérios da arbitragem. Espero que terminemos com os 11.

Está pronto para ser titular quando Calleri sair?
Sim, estou preparado, com certeza. Sou muito cobrado por isso e me cobro também. Estou tranquilo e vou pensar jogo a jogo. Dizem que ele sairá mesmo, mas meu pensamento é no meu trabalho sempre, mesmo que ele fique. Trabalho diariamente, física e mentalmente para estar melhor. Acredito que tive uma evolução nas últimas três partidas e espero que essa sequência seja disso para melhor. Sei do que sou capaz e das minhas responsabilidades. Continuarei trabalhando.

Acredita em uma virada na Libertadores?
Tem que acreditar porque tem paixão pelo clube que torce. E nós porque queremos fazer história. Não é impossível. Acreditamos que fazer um gol no primeiro tempo nos deixa vivo. É colocar isso em prática. Tenho um pensamento positivo para ser um dos 11, então tenho que começar jogando bem no domingo. Temos elenco, tradição e uma camisa pesada. Temos como exemplo aquele Vasco e Palmeiras na Mercosul de 2000, quando o Vasco saiu perdendo de 3 a 0 e reverteu ainda no segundo tempo. Há no que se inspirar.


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