‘Fator Ceni’ faz Rodrigo Caio se empolgar mesmo com obstáculos

Zagueiro ainda não conseguiu fechar renovação de contrato e aumento salarial e prefere atuar como zagueiro, mas confiança no trabalho do técnico o deixa otimista

Rogério Ceni e Rodrigo Caio - São Paulo
(Foto: Érico Leonan/saopaulofc.net)

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Motivos para Rodrigo Caio começar 2017 desconfiado não faltam. Afinal, o São Paulo até agora não conseguiu resolver seu prometido aumento salarial e, após se firmar como zagueiro nas duas últimas temporadas, a comissão técnica indica mudança de posicionamento para o meio de campo. Mas não é difícil ouvir no clube que o camisa 3 é um dos mais empolgados para este ano.

Sobre o aumento e eventual renovação do contrato que termina em outubro de 2018, Rodrigo está tranquilo. Deu voto de confiança à diretoria após conversa com o advogado Alexandre Pássaro durante a viagem aos Estados Unidos e acredita que tudo será resolvido. O clube teve a seu favor a ausência de propostas da Europa nesta janela de transferências, algo raro desde 2014.

A mudança de posicionamento, sim, causou certa preocupação no defensor de 23 anos. As duas últimas temporadas foram de afirmação na zaga, coroadas por convocações para a Seleção Brasileira para ser titular na posição - inclusive na conquista do ouro olímpico. Agora, vê o técnico Rogério Ceni treiná-lo a cada dia mais para voltar ao meio de campo.

Rodrigo não esconde que gostaria de ficar como zagueiro, mas a relação com Ceni o faz acreditar que as novas ideias podem funcionar. Inteligente taticamente e bastante móvel, ele pode ser elemento surpresa nas chegadas ao ataque e, ao mesmo tempo, servir como variante do sistema de jogo, ao recuar e formar trio na defesa com Maicon e Breno.

A confiança no Mito vem de longa data. Mesmo jovem, Rodrigo nunca se intimidou com a presença do ídolo e costumava buscar conselhos, enquanto outros garotos do elenco aparentavam certo medo de conviver com o ex-goleiro. Os dois trocam elogios públicos frequentemente e destacam o fato de serem são-paulinos e terem crescido no clube como essencial para o sucesso em campo e com a torcida.

E o camisa 3 já vê resultado desse perfil de Ceni sobre o atual grupo de jogadores. Rodrigo se irritava com a falta de atitude dos companheiros nos últimos anos, como externou no fim de 2016 em entrevista coletiva. Em 2017, ele aponta justamente a força coletiva como a principal característica da equipe. Nos treinos e na Florida Cup, o defensor aprovou a compactação do time, bem como o esforço dos atletas mais ofensivos em recompor a marcação.

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