Ansioso pelo ídolo Lugano, Rodrigo Caio diz: ‘China não é meu sonho’

Zagueiro do São Paulo deve ser o parceiro do uruguaio no São Paulo em 2016 e diz que debandada de jogadores brasileiros para a China pode atrapalhar a Seleção Brasileira

Rodrigo Caio coletiva China
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A primeira entrevista coletiva concedida por um jogador do São Paulo na temporada foi pautada, basicamente, por dois assuntos: a volta do uruguaio Diego Lugano e a debandada de jogadores brasileiros para o futebol chinês. E o  zagueiro Rodrigo Caio não hesitou para opinar, demonstrando ansiedade pelo retorno do ídolo e insatisfação com o força do mercado da China.

Somente nesta janela de transferências, o Corinthians acertou as vendas dos meias Renato Augusto e Jadson e do volante Ralf, além de estar perto de perder o também volante Elias e o zagueiro Gil. Na temporada passada, o meia Ricardo Goulart e o atacante Diego Tardelli, que assim como os coritians vinham sendo chamados para a Seleção Brasileira, fizeram o mesmo caminho e desde então não tiveram mais chances no time de Dunga.

- Meu sonho não é esse. É um mercado forte, de propostas irrecusáveis e eu fico triste por ver jogadores de tanta qualidade saindo para lá. A gente tem que seguir a vida aqui, mas acho que vai atrapalhar a Seleção Brasileira, que vai perder jogadores de qualidade. Eu quero permanecer no São Paulo por muito tempo, essa sim é minha vontade - ponderou o zagueiro tricolor.

Há cinco anos na equipe profissional do São Paulo, Rodrigo já se tornou um dos líderes do elenco mesmo com somente 22 anos de idade. O bom desempenho nas duas últimas temporadas fizeram com que o jovem se firmasse na defesa, posição na qual ele espera seguir, agora com a companhia de um ídolo e provável conselheiro como Diego Lugano.

- Vai ajudar dentro e fora de campo aconselhando, principalmente a mim, que sou zagueiro. Fico na expectativa. Vai acrescentar muito aos mais jovens pela experiência e pelo profissional que é. É um jogador que sempre se dedicou muito. Quando o São Paulo estava disputando o Mundial contra o Liverpool em 2005, eu tinha acabado de chegar em Cotia para treinar. Será muito importante poder conviver com ele, pela pessoa, pelo profissional e pela história que tem no clube - destacou o defensor são-paulino.

Lugano
Lugano em jogo festivo de Rogério Ceni (Foto: Maurício Rummens)

Para cumprir o desejo de permanecer por muitos anos no São Paulo, Rodrigo sabe que precisará conquistar títulos. E essa meta só será alcançada se todo o time for mais comprometido do que aconteceu na temporada passada. O camisa 3, então, acredita que Lugano será peça-chave para essa mudança de postura do elenco e que a imagem do ídolo será preservada independentemente dos resultados alcançados pelo Tricolor com o uruguaio.

- Nunca tive a experiência de jogar com alguém mais velho. Se eu tiver essa chance com ele, acredito que vai me ajudar. O importante é nosso time ser mais compacto, o que faltou em 2015. O time ficava muito exposto e o treinador (Edgardo Bauza) vai fazer o time se recompor mais rápido, vai fazer a marcação ficar mais forte. A defesa sofreu muito com isso, mas agora acredito que tudo ficará melhor com o novo técnico. O que o Lugano representa ninguém vai apagar. Se voltar, é porque tem condições de jogar em alto nível. Eu não gosto de passar vergonha, de jogar sem estar bem. E acredito que ele pensa igual. Confia que está bem e vai fazer o impossível para ajudar - disse.

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