Palmeiras perde o costume da ‘baliza zero’, e auxiliar de Abel elenca motivos

Verdão sofreu mais gols neste ano do que no mesmo período em 2022. João Martins apresentou leque de possibilidades para tantas bolas na rede

Weverton - Vasco x Palmeiras
Weverton sofreu dois gols, mas não teve culpa no empate do Palmeiras (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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O Palmeiras saiu de campo mais uma vez sendo vazado. No empate em 2 a 2 com o Vasco, no último domingo, foi o sexto dos últimos sete jogos que o time de Abel Ferreira levou pelo menos um gol. Algo incomum para uma equipe que tinha como mantra o "baliza zero". Com a torcida preocupada com esse excesso de bolas na rede, João Martins, auxiliar do técnico português, abriu o leque de motivos para o problema que a comissão tem tentado entender nesses últimos tempos.

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Até o momento, o Verdão disputou 22 partidas em 2023. São 40 gols marcados (média de 1,82) e 19 gols sofridos (média de 0,86). O índice ainda é menor do que um por jogo, o que seria bastante preocupante, mas ainda assim é bem maior do que o registrado no mesmo período em 2022. No ano passado, nos primeiros 22 duelos da temporada, foram 13 gols sofridos (média de 0,59). Na comparação, houve um aumento de 46% entre o índice de 2022 e de 2023, algo significativo.

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Se pegarmos apenas os últimos sete jogos, apenas a partida de volta da final do Paulistão, vitória por 4 a 0 sobre o Água Santa, não teve gol sofrido pelo Alviverde. Dez dos 19 gols tomados na atual temporada foram nessa atual sequência logo depois da Data Fifa (10 gols em 7 jogos). Antes disso, a média era de apenas 0,6 gol sofrido por jogo (9 gols sofridos em 15 jogos). Na comparação, a atual série tem uma média mais de duas vezes maior do que aquela no início do ano.

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Depois do empate em 2 a 2 com o Vasco, João Martins, auxiliar técnico de Abel Ferreira (que estava suspenso), respondeu sobre esse problema em sua coletiva de imprensa. Para o assistente do comandante alviverde, a questão envolve vários fatores e precisa ser analisada de forma fria. Ele reconhece que os gols sofridos são questões que preocupam internamente e precisam de solução.

- Nós somos muito exigentes com nós mesmos e não gostamos de sofrer gols, isso tem acontecido, mas quando fazemos nossa análise fria, temos que entender se é mérito do adversário, se são erros nossos, se são erros individuais, se é o futebol, porque há gols que não conseguimos controlar, ou se é um pouco mais de risco no ataque, que nos faz fazer mais gols e nos faz sofrer mais também, neste ano estamos fazendo mais gols do que no ano passado.

João Martins e Abel Ferreira - Palmeiras
Comissão técnica busca soluções (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

- É este equilíbrio que queremos ter, fazer muitos gols e não sofrer, mas muitas vezes temos que ser muito frios nas nossas análises. É verdade, temos sofrido mais gols do que no ano passado, mas temos que entender o porquê, sermos muito frios nessa análise, vermos essa parte física, porque apesar de termos 22 jogos, ainda estamos no início, é uma temporada muito longa, temos que entender se é essa adaptação física, mas vamos melhorar nesse aspecto, vamos trabalhar para isso e queremos que comece já na quarta-feira - completou João.

Como o próprio auxiliar de Abel salientou, não há muito tempo para sentar e analisar soluções possíveis neste momento, uma vez que na próxima quarta-feira já há um compromisso importante pela Copa do Brasil, em que o Palmeiras decide uma vaga com o Tombense para as oitavas de final. No primeiro jogo, em casa, vitória do Verdão por 4 a 2, o que permite ao time paulista poder até perder por um gol de diferença ou empatar a partida em Uberlândia para poder passar de fase.

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Confira os números citados acima:

Primeiros 22 jogos em 2022:
​39 gols marcados (1,77 por partida)
13 gols sofridos (0,59 por partida)

Primeiros 22 jogos em 2023:
40 gols marcados (1,82 por partida) - aumento de cerca de 3% em relação a 2022
19 gols sofridos (0,86 por partida) - aumento de cerca de 46% em relação a 2022

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