Como em 2018: Verdão repete estilo de sucesso fora de casa na Liberta

Palmeiras começou a partida com marcação sob pressão no campo adversário e viu ainda outras situações se repetirem em nova estreia com vitória no estádio do Junior Barranquilla

Junior Barranquilla x Palmeiras Gustavo Scarpa
Palmeiras dificultou a saída de bola do Junior Barranquilla até Gustavo Scarpa fazer o gol (JOAQUIN SARMIENTO/AFP)

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O Palmeiras caiu nas semifinais da Libertadores do ano passado, mas estreou na edição desta temporada mostrando que não ignorou o que deu certo na campanha de 2018: o estilo fora de casa. A marcação sob pressão no campo adversário, resultando em gol cedo, reapareceu e explica a vitória por 2 a 0 sobre o Junior Barranquilla, nesta quarta-feira, na Colômbia.

O gol de Gustavo Scarpa, com dez minutos de jogo, foi resultado dessa ousada aposta nos minutos iniciais que o Verdão adota desde que era comandado por Roger Machado, antecessor de Luiz Felipe Scolari. E ditou o ritmo da partida, com a equipe utilizando o que Felipão implantou: controle do confronto mesmo sem a bola e a espera por um contra-ataque que defina o placar, como ocorreu no gol de Marcos Rocha, nos acréscimos.

Em 2018, o Palmeiras conseguiu a inédita façanha entre os brasileiros de vencer em seis países diferentes na mesma edição da Libertadores (Junior Barranquilla, na Colômbia, Boca Juniors, na Argentina, Alianza Lima, no Peru, Cerro Porteño, no Paraguai, e Colo-Colo, no Chile) com essa estratégia de pressionar os anfitriões nos minutos iniciais. Tática perfeita, novamente, nesta noite, coibindo o toque de bola do Junior Barranquilla.

Os colombianos tiveram muitas dificuldades na saída de bola e, também, de acompanhar a rápida movimentação do Palmeiras quando detinha a posse. Era conseguir o desarme para avançar em bloco na área adversária. E foi assim que Dudu encontrou Gustavo Scarpa para abrir o placar. Era exatamente o que o time planejou para, a seu estilo, controlar a partida.

O estilo de marcação adiantada se manteve pelos primeiros 25 minutos de partida, aproximadamente. Depois disso, o Palmeiras errou alguns passes e demorou um pouco a ajustar a marcação, sofrendo perigos. Mas, nos minutos finais do primeiro tempo, o Junior Barranquilla até seguia com a bola, mas irritando sua torcida pela incapacidade de finalizar.

No segundo tempo, a marcação palmeirense afrouxou por poucos minutos, dando esperança aos colombianos. Mas, a partir dos dez minutos, o Verdão manteve a aposta de ser um espectador de seu campo do toque de bola adversário, só que dando alguma possibilidade apenas em arremates de fora da área. Um ambiente que até gera tensão, mas que o palmeirense já conhece.

Faltava somente encaixar um contra-ataque, o que dependia basicamente da capacidade de Borja prender a bola para os colegas se aproximarem. O camisa 9 perdeu uma chance na cara do goleiro, mas se redimiu  nos acréscimos, fazendo exatamente o que se espera de um pivô, prendendo a bola para entregá-la a Marcos Rocha, resolvendo de vez a partida.

Como em 2018, o Palmeiras estreou na Libertadores batendo o Junior Barranquilla, fora, e com outras coincidências além do gol cedo -  Scarpa balançou as redes aos dez minutos nesta quarta-feira, Bruno Henrique abriu o placar no ano passado aos 19. Além disso, o time colombiano voltou a ter um a menos por falta em Bruno Henrique: Germán Gutiérrez deu uma voadora aos nove em 2018, e Téo Gutiérrez levou o segundo amarelo por acertar o volante aos 31 do segundo tempo desta noite. E, como em 2018, Bruno Henrique foi substituído por Thiago Santos, estratégia para segurar o jogo.

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