ANÁLISE: Palmeiras se mantém invicto como visitante, mas faz uma das piores partidas em ‘nova era’

Time de Abel Ferreira não conseguiu se sobressair e, apesar de sair de campo com um ponto na bagagem, deixou a desejar

Atlético-GO x Palmeiras
Palmeiras fez uma das piores partidas na atual temporada (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)

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Na última segunda-feira, o Palmeiras empatou com o Atlético-GO em 1 a 1, pelo Brasileirão. Apesar de ter voltado de Goiânia com um ponto na bagagem e seguir com boa vantagem na liderança do torneio, o time comandado por Abel Ferreira deixou uma má impressão “anormal” e não fez uma partida à altura da temporada.

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Desde que foi eliminado da Libertadores para o Athletico-PR, o Verdão acumulou cinco vitórias consecutivas com atuações primorosas, entregando em técnica, mas principalmente em esforço coletivo e individual, diferente do que aconteceu nesta última partida. O time demonstrou uma baixa intensidade e uma falta de atenção que os torcedores não estão acostumados a ver.

Apesar de ter feito algumas defesas importantes, Weverton estava desligado, saindo mal e quase comprometendo o resultado. Do setor defensivo, Marcos Rocha e Piquerez também não foram bem, uma vez que as principais jogadas do Atlético-GO aconteceram pelas laterais, nas costas dos atletas em questão, que cediam espaços e erravam botes cruciais.

Se formos falar de cada jogador, perderemos o texto inteiro, uma vez que foram raros os que se salvaram. Murilo e Gustavo Gómez tiveram boas atuações, assim como Gustavo Scarpa, que se esforçou para entregar algo, principalmente nas bolas paradas, e conseguiu uma assistência para o primeiro defensor em questão. No entanto, a verdade é que coletivamente a equipe esteve muito longe do seu normal e de jogar bem.

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Apesar dos ajustes de Abel Ferreira no intervalo, o grupo palmeirense não conseguiu manter a pressão proposta para buscar o resultado e sentiu a pancada do gol de empate adversário. O setor do meio-campo começou a ficar nervoso, não conseguiu se comunicar direito e viu o ataque perder chances, ou melhor, nem chegar a criá-las na maioria das vezes, já que Dudu e Rony deixaram a desejar.

O treinador, inclusive, no decorrer da etapa final, colocou jogadores como Wesley e Breno Lopes, que entraram na mesma baixa frequência dos titulares, mas com o adendo de precisarem mostrar serviço e não conseguirem, o que fez com que as alterações não tenham dado nenhum resultado. O ataque, que é aquele que mais fez gols no Brasil neste ano, totalizando 53, precisa caprichar como vinha caprichando, ter atenção, e ser menos displicente.

O desgaste físico e o desgaste emocional podem ser fatores para esse jogo tão abaixo do grupo palmeirense. O elenco entrou em campo três vezes em um intervalo de seis dias, sendo que em duas dessas oportunidades precisou se deslocar para outro estado do país. Além disso, o Verdão fez 67 partidas no ano, número além do comum e que pode estar surtindo consequências nessa reta final, a parte mais importante para o time.

Abel assumiu que a partida do Palmeiras não foi a ‘mais inspirada’ da temporada, e realmente não foi. Agora, o time do português terá a chance de apagar a má atuação em Goiânia ao buscar um bom resultado contra o São Paulo, no próximo domingo, e 'zerar' os clássicos na temporada, sem nenhuma derrota para qualquer um dos rivais. Basta criar mais e retomar a atenção demonstrada em toda temporada para que o saldo seja positivo e o título se aproxime ainda mais.

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