Presidente do COI vê Mundial de handebol como estímulo para realização da Olimpíada em Tóquio

Competição no Cairo, no Egito, teve um terço das equipes atingidas pelo Covid-19. Mas dirigente elogia bolha montada no evento e diz que é possível organizar Jogos seguros<br>

Thomas Bach
Thomas Bach mantém o otimismo na realização da Olimpíada apesar da pandemia (Foto: AFP)

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Presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach utilizou o Campeonato Mundial masculino de handebol como exemplo para dizer que é possível planejar os Jogos de Tóquio, previstos para julho, de forma segura em meio à pandemia de Covid-19. As declarações foram dadas nesta terça-feira.

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O Mundial, vencido pela Dinamarca, que bateu a Suécia por 26 a 24 na decisão, foi o primeiro grande evento esportivo realizado sob os protocolos de prevenção contra o vírus, mas um terço das nações participantes teve membros infectados.

- É um grande incentivo, e vamos nos beneficiar dessa experiência para as Olimpíadas de Tóquio. A IHF (Federação Internacional de Handebol) deu o seu melhor, criando uma bolha de 3.000 pessoas. A partir disso podemos perceber que mesmo durante este período difícil é possível organizar um grande evento esportivo e organizá-lo de uma forma muito segura e saudável - disse Bach.

Apesar do otimismo de Bach, existe uma diferença considerável de tamanho entre uma edição de Jogos Olímpicos e um Campeonato Mundial de uma única modalidade. A competição no Egito, por exemplo, teve um número de pessoas envolvidas dez vezes menor do que as Olimpíadas, e não contou com torcedores na arquibancada, o que ainda é uma incerteza para os japoneses.

No Mundial, os surtos de Covid-19 causaram desistências de três seleções. Cabo Verde abandonou a disputa no meio, enquanto Estados Unidos e República Tcheca nem sequer viajaram. Outras nações com jogadores infectados foram Suécia, Hungria, Tunísia, Polônia, Qatar, Dinamarca, Eslovênia e Brasil, que teve testes positivos de quatro jogadores e cinco membros da comissão técnica.

A organização do Mundial afirma ter realizado 20 mil testes do tipo PCR. Além disso, reservou hotéis exclusivos aos times participantes, cada uma com um andar para si, com restaurante próprio. Para viajar, todos precisaram de um teste negativo do tipo PCR até 72 horas antes do embarque. As seleções foram recebidas com medição de temperatura e um nova testagem. Quem estava na bolha precisava repetir o teste diariamente.

- Com o uso de métodos de teste modernos e testes rápidos para atletas e outros participantes, eles realmente estabeleceram um exemplo para a organização de um grande evento esportivo durante a pandemia. Foi incrível ver como o handebol estava brilhando nesses dias e como os atletas se saíram, apesar das circunstâncias muito difíceis por causa da crise do coronavírus - disse Bach.

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