Papo com Helio Castroneves: ‘Acura ARX-05. Mesmo carro, mas com diferenças’

Piloto brasileiro estará ao lado de Juan Pablo Montoya e Dan Cameron pilotando o Acura ARX-05 da Meyer Shank Racing na Petit Le Mans, no dia 13 de novembro

Carro que Helio utilizará na Petit Le Mans ao lado do Montoya e Cameron (Foto: IMSA Media)
Carro que Helio utilizará na Petit Le Mans ao lado do Montoya e Cameron (Foto: IMSA Media)

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Olá, tudo bem?

Faltando menos de um mês para a Petit Le Mans, estou ansioso por voltar ao IMSA WeatherTech SportsCar Championship. Estarei ao lado do Juan Pablo Montoya e do Dan Cameron pilotando o Acura ARX-05 da Meyer Shank Racing. Na verdade, voltarei a utilizar o equipamento que me foi tão familiar nos anos de 2018, 2019 e 2020.

Parte da história vocês já conhecem. A equipe Penske e a Acura fizeram um programa de três anos para competir no IMSA. Foi, sem dúvida, uma parceria de sucesso porque, desses três anos, fomos campeões em dois. O Juan Pablo e o Dan foram campeões em 2019 e, no ano seguinte, o título foi conquistado por mim e pelo Ricky Taylor.

Apesar desse sucesso todo, o programa não foi renovado e aqui há uma curiosidade que talvez não seja de conhecimento por parte da maioria. A Acura, que era dona do equipamento, pegou o carro #7, que era meu e do Ricky, e entregou para a Wayne Taylor Racing. O outro, o #6, passou para a Meyer Shank Racing, que já era parceira da Honda e da Acura muito tempo antes de a Penske fazer parte do programa.

No início do ano, integrei o quarteto da WTR que venceu a Rolex 24 at Daytona ao lado do Ricky, Alexander Rossi e o Filipe Albuquerque. Foi uma prova sensacional, a realização de um sonho, mas nosso acordo ficou restrito àquela prova, pois já estava compromissado com a MSR para disputar seis provas na IndyCar.

Agora, fecharei o ano como comecei, ou seja, competindo nos protótipos. A Petit Le Mans tem 10 horas de duração e fica muito pesado para dois pilotos apenas. Por causa disso, na semana passada fomos treinar em Daytona. Obviamente quer fomos para trabalhar no carro, mas também serviu para que o Juan Pablo e eu recuperássemos o ritmo. Isso é necessário porque o fato de eu ter andado pela última vez de protótipo em janeiro, exige uma readaptação.
Foi uma experiência muito boa, pois pudemos simular uma corrida e em pouco tempo voltamos ao ritmo, como se nunca estivéssemos longe desse carro. Mas apesar de toda a familiaridade, dois pontos me chamaram a atenção. Nesse carro específico, o freio é um pouco diferente, mas sem problemas. Só que a coisa pegou mesmo foi no banco.

Como todos sabem, nos protótipos precisamos ter um banco que seja confortável para todos os pilotos do time. Numa prova curta, um ou outro desconforto não causa tanto problema, mas realmente começa a virar problema numa prova longa. E nossa busca é encontrar um meio termo eficiente, pois queremos a todo custo evitar a troca de banco durante os pits, por roubar um tempo precioso na parada.

Eu senti que, na posição em que estava, o Hans pressionava o meu ombro direito. Aparentemente, não era um problema, mas com o passar das voltas passou a incomodar. O jeito foi improvisar com a colocação de espuma no banco. Eu não gosto de utilizar esses artifícios, mas no meio do teste foi necessário. Por causa disso, até o início das atividades oficiais, vamos ter de trabalhar nesse ponto.

É isso, grande abraço a todos e até semana que vem.

* Helio Castroneves, especial para o LANCE!

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