Dia da Mulher: veja as brasileiras que vão brigar por medalhas nos Jogos Olímpicos de Paris

Time Brasil conta com grandes atletas nas categorias femininas dos esportes olímpicos

Dia Internacional da Mulher
Rayssa, Rebeca Andrade e Ana Marcela Cunha são estrelas do Time Brasil(Arte: João Henrique Borges/LANCE!)

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A cada ano que passa, mais mulheres entram em evidência no cenário esportivo brasileiro e internacional. Com grandes destaques em diferentes modalidades, como Rebeca Andrade, na ginástica artísticaRayssa Leal, no skate, e Ana Marcela Cunha, na maratona aquática, o Time Brasil chega forte para os Jogos Olímpicos de Paris, que serão disputados em 2024. Dessa forma, a comissão brasileira busca quebrar recordes na capital francesa e, é claro, impulsionar ainda mais as categorias femininas.

Ao todo, foram nove medalhas para o Brasil vinda de atletas das categorias femininas, desde esportes individuais, até duplas e modalidades coletivas. Abaixo, conheça 13 promessas de medalhas nas Olímpiadas nos esportes femininos para o Brasil.

+ Bicampeã mundial de skate no Street, Pâmela Rosa projeta Olimpíadas em Paris: '2024 é logo ali'

REBECA ANDRADE - Ginástica Artística

Rebeca Andrade com a bandeira do Brasil
Rebeca Andrade representa o Brasil em competições internacionais (Ricardo Bufolin/CBG)

Atual campeã olímpica na categoria salto e prata no individual geral, além do bicampeonato mundial nas mesmas categorias em 2022, Rebeca Andrade é a grande esperança do Time Brasil. No auge de sua carreira, ela foi eleita a Atleta do Ano nas últimas duas edições do Prêmio Brasil Olímpico e é a grande favorita a conquistar medalhas na ginástica artística.

Rebeca rodou o mundo com as suas performances ao som de "Baile de Favela", hit do funk paulista nos últimos anos. A ginasta é considerada uma das maiores atletas brasileiras de todos os tempos, reverenciada por Daiane dos Santos, grande referência da modalidade no início dos anos 2000.

RAYSSA LEAL - Skate

Rayssa Leal
Rayssa Leal conquistou a SLS em novembro do ano passado, no Rio de Janeiro (Foto: Paulo Macedo)

O xodó da torcida brasileira não podia ficar de fora da lista. Medalha de prata na categoria de skate street, a jovem só cresceu desde os Jogos Olímpicos de Tóquio, quando tinha apenas 13 anos. Em 2022, fez uma temporada praticamente perfeita, com os títulos da Street League Skateboarding e do STU Open Rio. Na SLS, venceu todas as etapas e faturou o troféu.

Rayssa já deu os primeiros passos e manobras em 2023. No início de fevereiro, a atleta, agora com 15 anos, faturou o Mundial de Skate Street disputado em Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos. Caso siga disputando as competições válidas pelo ciclo olímpico, a brasileira disputará os Jogos e, possivelmente, subirá ao pódio.

PÂMELA ROSA - Skate

pamela rosa
Pâmela Rosa, em entrevista exclusiva com o LANCE!, no STU Open Rio 2022 (Reprodução/LANCE!)

Parceira da Fadinha, Pâmela Rosa é mais um nome importante do skate brasileiro. Nas Olimpíadas de Tóquio, a atleta competiu com uma lesão e não conseguiu grandes resultados. Agora, se prepara para lutar pelo pódio.

Pâmela é bicampeã da SLS e possui currículo invejável, com mais seis medalhas em X Games. Ela ocupa a sétima posição do ranking classificatório para Paris 2024.

ANA MARCELA CUNHA - Maratonas aquáticas

Ana Marcela Cunha
Imbatível: Ana Marcela Cunha é uma das maiores medalhistas do esporte brasileiro (FERENC ISZA / AFP)

Finalista da categoria "Atleta do Ano" no Prêmio Brasil Olímpico com Rebeca Andrade e Rayssa Leal, Ana Marcela Cunha pode conquistar medalhas nas modalidades de águas abertas. Em 2022, a nadadora venceu todas as provas que competiu, mostrando estar no auge de sua carreira.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, ela faturou a sua primeira medalha de ouro na modalidade. Além disso, possui impressionantes sete ouros em Mundiais e uma conquista nos Jogos Pan-Americanos.

MARTINE GRAEL E KAHENA KUNZE - Vela

Martine Grael e Kahena Kunze
Martine e Kahena são amigas e parceiras no iatismo (Clive Mason)

Poucas famílias são tão influentes nos esportes olímpicos do Brasil quanto as famílias Grael e Kunze. As duas são filhas, respectivamente, de Torben Grael e Claudio Kunze, medalhistas olímpicos no iatismo, e mantiveram o legado dos seus pais na modalidade. 

As duas conquistaram medalhas de ouro nas últimas duas Olimpíadas. Elas são especialistas na na classe 49er FX da vela. Em 2023, terão duas oportunidades de se classificar para os Jogos pelo Campeonato Mundial ou pelos Jogos Pan-americanos de Santiago.

MAYRA AGUIAR - Judô

Mayra Aguiar
Tricampeã mundial, Mayra Aguiar também conquistou três bronzes olímpicos (Franck FIFE / AFP)

Três vezes bronze nos Jogos Olímpico, três vezes campeã mundial. Essas são as principais conquistas de Mayra Aguiar, experiente judoca do Time Brasil. Focada em Paris, a atleta segue em preparação intensa, e deve disputar as grandes competições da atual temporada.

Mayra deve disputar a sua quinta edição de Jogos Olímpicos. Em 2008, ela perdeu na primeira luta da categoria -70 kg, mas conseguiu as medalhas nas três edições seguintes. No Japão, ficou com o terceiro lugar na categoria -78 kg.

BEATRIZ FERREIRA - Boxe

Beatriz Ferreira - Olimpíada de Tóquio
Beatriz Ferreira conquistou a prata no peso-leve (Foto: Luis ROBAYO / POOL / AFP)

A pugilista olímpica e profissional conquistou a medalha de prata na última edição, em Tóquio, no peso-leve. Os objetivos dela para 2023 são: conseguir a classificação para Paris, conquistar o ouro no Pan-Americano e brigar pelo bicampeonato mundial.

O Mundial de Boxe na Índia e o Pan em Santiago são os compromissos do ciclo olímpico na atual temporada. Aos 30 anos, a atleta deve competir na mesma categoria da edição passada.

LETÍCIA ORO - Atletismo

Letícia Oro Melo
Letícia Oro fez grande temporada em 2022 (ANDY LYONS/AFP)

A jovem de 25 anos brilha na modalidade de salto em distância. Na última temporada, ficou com o bronze no Campeonato Mundial de Atletismo, realizado em Eugene, nos Estados Unidos. Ela se tornou a segunda brasileira a vencer uma medalha mundial na modalidade - a primeira foi Fabiana Murer.

Letícia nunca disputou uma edição de Jogos Olímpicos. Portanto, pode crescer dentro do cenário competitivo e, quem sabe, subir no pódio pela primeira vez.

BEATRIZ HADDAD MAIA - Tênis

Bia Haddad
Em constante evolução, Bia Haddad pode ser surpresa nas Olimpíadas (Karim Jaafar/ AFP)

Atual número 13 no WTA, Bia Haddad é a melhor brasileira da história do ranking mundial de simples desde a Era Aberta. Na última temporada, ela disputou a final do Masters 1000 de Toronto, no Canadá, e ficou com o vice.

Local do Roland Garros, Paris será disputado no piso de saibro, tradicionalmente com menos velocidade que os pisos duro e de grama. No Brasil, ela já afirmou que treina no piso com muita frequência.

LUISA STEFANI E LAURA PIGOSSI - Tênis

luisa stefani laura pigossi olimpiadas
Tenistas ficaram com o inédito bronze nas duplas (Wander Roberto/COB)

Donas da primeira medalha olímpica do Brasil na história do tênis, Luisa Stefani e Laura Pigossi vão por mais em Paris 2024. No auge, Stefani se sagrou campeã do Australian Open 2023 de duplas mistas, ao lado do brasileiro Rafael Matos. Por sua vez, Pigossi foi a sétima brasileira na história a jogar uma final nível WTA em simples, mas também se dedica às duplas.

Luisa Stefani é a número 30 do ranking mundial de duplas, enquanto Laura Pigossi ocupa a 303ª posição - no simples, ela é a número 104 do mundo.

ANA LUIZA CAETANO - Tiro com Alvo

Ana Luiza Caetano tiro com arco
Ana Luiza Caetano pode surpreender em Paris (Rafael Bello/COB)

Bronze nos Jogos Pan-Americanos e campeã sul-americana, a promessa de medalhas na modalidade de tiro com arco é apaixonada por diferentes esportes e já foi velejadora. Porém, migrou para o tiro com arco e se encontrou. 

Ana Luiza Caetano disputou os Jogos Sul-Americanos de 2018 e de 2022. Ela já deixou claro que quer se classificar para os Jogos Olímpicos e sonha com o ouro.

DUDA E ANA PATRÍCIA - Vôlei de Praia

duda e ana patrícia
Duda (esq.) e Ana Patrícia (dir.) ergueram o título mundial em julho de 2022 (Foto: Volleyball World)

Atuais líderes do ranking mundial da categoria, Duda e Ana Patrícia podem conquistar medalha em Paris. As duas retomaram a parceria em março do ano passado e, desde então, conquistaram o Mundial em junho contra as canadenses Bukovec e Brandie.

A dupla possui entrosamento antigo. Elas já conquistaram os Jogos Olímpicos da Juventude e dois títulos mundiais no sub-19. Agora, querem o que falta: uma medalha olímpica.

MARTA - Futebol

Brasil x França - Marta
Rei e Rainha: Brasil tem os maiores da história nas duas categorias de futebol (Foto: LOIC VENANCE / AFP)

A maior jogadora de futebol de todos os tempos deve participar dos Jogos Olímpicos pela Seleção Brasileira. Aos 37 anos, a eleita seis vezes melhor do mundo ocupa função importante de liderança técnica na equipe de Pia Sundhage.

O Brasil chega forte com destaques como Debinha e Bia Zaneratto, nomes fortes no setor ofensivo. Além disso, conta com a experiência não só de Marta, mas de atletas como Tamires, lateral do Corinthians. Essa será a última Olímpiada da Rainha, que disputou as edições de 2004, 2008, 2012, 2016 e 2020.

SELEÇÃO BRASILEIRA - Vôlei

Seleção brasileira de vôlei feminino
Por mais: Seleção Brasileira de vôlei busca vencer as decisões que perdeu em 2022 (Wander Roberto/CBV)

Comandadas por José Roberto Guimarães, as meninas da Seleção Brasileira de voleibol querem mais uma medalha. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, foram prata com derrota para os Estados Unidos por 3 sets a 0. Agora, compete com seleções como Sérvia, Itália e EUA para ver qual será a melhor equipe do planeta no evento mais esperado da modalidade.

O Brasil tem disputado as competições mais importantes do calendário e chegado às decisões. No entanto, foi vice-campeão em todas as finais, com derrotas na Liga das Nações para a Itália de Egonu e no Mundial para a Sérvia de Boskovic.

+ Rebeca Andrade homenageia Daiane dos Santos no Prêmio Brasil Olímpico

A equipe brasileira cresceu nas últimas edições dos Jogos, com quebra de recorde de medalhas nas últimas duas edições - Rio 2016 e Tóquio 2020. Em solo carioca, o Brasil fechou o evento com 19 medalhas, sendo sete ouros, seis pratas e seis bronzes. Na edição seguinte, ficou com sete ouros, seis pratas e oito bronzes, totalizando 21 pódios.

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 serão disputados entre os dias 26 de julho e 11 de agosto do próximo ano. O evento se inicia com grande cerimônia de abertura e termina com cerimônia de encerramento. Ao todo, serão 32 modalidades em disputa na capital francesa.

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