O Milan pode se despedir do San Siro depois de quase 100 anos como mandante no local. O clube italiano já busca um terreno para construir seu próprio estádio, sem depender da Prefeitura de Milão - dona do San Siro - e sem dividi-lo com a Inter de Milão. A informação é da "Gazzetta dello Sport".
A razão por trás da mudança é financeira. A holding norte-americana RedBird Capital, que assumiu controle do Milan em 2022, tem interesse de explorar livremente os negócios de MatchDay e novas receitas que o fundo pretende incorporar no futuro estádio. A empresa prevê um espaço multifuncional que estará aberto 365 dias por ano.
De acordo com a mídia italiana, uma das opções de terreno para o novo estádio do Milan fica em Sesto San Giovanni, uma comuna ao lado de Milão. Esta possibilidade permitiria ao clube livrar-se de algumas taxas públicas, mas implicaria na saída da cidade pela primeira vez na história. Se a RedBird Capital preferir manter o Milan na cidade, a opção mais provável é a área de La Maura, um terreno próximo ao San Siro que atualmente serve como espaço para treinar cavalos de corrida.
Vale destacar que o Milan trabalhou, nos últimos anos, junto com a Inter de Milão para chegar a um acordo com a Comuna de Milão em relação à reforma do San Siro. Os clubes chegaram a avançar com um projeto chamado "Catedral", que custaria 1,3 bilhão de euros e ficaria pronto apenas em 2027.
Em termos de negócios, o Milan fechou a temporada 2021-2022 com prejuízos de 66,5 milhões de euros, 31% a menos em relação ao ano anterior. As receitas totais do clube foram de 297,7 milhões de euros, 14% a mais que na temporada 2020-2021.
