Sem Palmeiras, presidente da FPF diz que viu melhor reunião da carreira

Reinaldo Carneiro Bastos afirma que não pode interferir na decisão do Verdão, que tem boicotado Conselhos Técnicos da Federação desde 2018, e elogia envolvimento dos clubes

Reinaldo Carneiro Bastos
Reinaldo Carneiro Bastos elogiou o envolvimento dos clubes na reunião desta quinta-feira (RODRIGO CORSI/FPF)

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Como tem ocorrido desde a polêmica final do Campeonato Paulista de 2018, na qual apontou uma interferência externa ilegal, o Palmeiras voltou a boicotar um evento da Federação Paulista de Futebol (FPF) nesta quinta-feira, sendo o único a não enviar representante no Conselho Técnico das quartas de final do Estadual deste ano. Mas o presidente da entidade ressaltou: mesmo sem o atual campeão brasileiro, a reunião foi a melhor da história.

- O Palmeiras não mandou representante, mas participei do melhor Conselho Técnico da minha carreira como dirigente. Foi um conselho de agradecimento a dirigentes, atletas, comissões técnicas, cobertura da imprensa. Tivemos aumento da média de gols e de público e diminuição de cartões amarelos e vermelhos. Foi um momento de alegria. Foi muito legal - disse Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF.

- Foi sem o Palmeiras por uma decisão do clube. Não mandamos na vontade dos clubes, respeitamos a vontade dos clubes. Mas o importante é o envolvimento de todo o setor, de toda a cadeia futebol nessa conselho técnico. Foi muito legal - prosseguiu o dirigente.

Ao falar com a imprensa depois da reunião, Reinaldo Carneiro Bastos preferiu destacar, sorrindo, a experiência dos representantes de Corinthians, Ferroviária, Ituano, Novorizontino, Red Bull, São Paulo e Santos vendo como funcionará o árbitro de vídeo. A implantação da tecnologia é a principal novidade do Paulista a partir das quartas de final, e justamente uma acusação de interferência externa causou o rompimento do Palmeiras com a FPF.

- Assistir ao vivo e em cores presidentes de clube de árbitro de vídeo foi muito interessante. Foi muito legal a participação deles, para entenderem como é complexo. Um aprendizado e, principalmente, uma conscientização da importância de ter paciência com essa nova tecnologia que nenhum de nós tem profundo conhecimento - argumentou o mandatário da federação.

- O erro vai ser quase totalmente minimizado. Garantir que ser humano operando máquinas não erre é impossível. É necessário que todos tenham paciência, porque não conhecemos e os árbitros não foram capacitados desde jovens a ser árbitro de vídeo, e sim para ser árbitro de campo. Fizemos um treinamento intenso com todos eles. Todos precisaremos de paciência, mas, com certeza, com a diminuição dos erros graves de arbitragem, que podem definir um campeão, é muito provável que não ocorram - indicou.

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