Perda de ponto por racismo: diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol defende proposta

Marcelo Carvalho entende que as multas não estão resolvendo ou diminuindo os casos de preconceito no futebol brasileiro. Ideia é de endurecimento jurídico


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A CBF promove, nesta quarta-feira, um evento grandioso pelo combate ao racismo e à violência no futebol. A proposta do presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, é a perda de pontos e o debate será feito no Conselho Técnico do Campeonato Brasileiro do ano que vem. Mas o debate que já existe é no mundo jurídico. A expectativa é de que haja menos brecha para recursos, como explica Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da discriminação racial no futebol.

Seminário CBF
Marcelo Carvalho, Gilberto Gil, Ednaldo Rodrigues e Alejandro Domínguez (Felippe Rocha/Lance!)

- Quando o Ednaldo fala de perda de pontos - e ele fala de um ponto - é a grande mudança. Porque a perda de pontos já está prevista no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. E o que acontece hoje é que a gente não tem essa punição sendo feita. Quando a gente vê um clube sendo punido por racismo geralmente é por multa, e multa a gente está vendo que não está tendo resultado - avaliou Marcelo, ao LANCE!. E emendou:

- Então precisamos avançar para um outro lugar, que não seja o que estamos vendo hoje, que não está resolvendo o problema do racismo no futebol brasileiro - completou.

Um dos casos mais emblemáticos da falta de punição por injúria racial pelo meia Celsinho, então no Londrina, tendo o Brusque como acusado. No final do ano passado, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) devolveu os pontos retirados do clube catarinense.

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