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Cruzeiro

Cruzeiro é derrotado, mas chega à 4ª semifinal seguida da Copa do Brasil

O Atlético-MG fez 2 a 0 sobre o rival, mas o resultado foi  insuficiente para que o Galo conseguisse a classificação em cima da Rapposa 

Atlético-MG x Cruzeiro
O duelo entre Galo e Raposa foi acirrado, duro, mas o placar do primeiro jogo fez a diferença para  a classificação do Cruzeiro-(Reprodução/Twitter)

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O representante de Minas Gerais nas semifinais da Copa do Brasil 2019 é o Cruzeiro. Mesmo perdendo por 2 a 0 para o Atlético-MG, gols de Cazares, no primeiro tempo, e Patric, na etapa final, a Raposa avançou. O resultado, foi insuficiente para o Galo obter a vaga na outra fase da competição, enquanto a Raposa alcançou o feito de estar entre os melhores do mata-mata por quatro anos seguidos. Desde 2016 que a Copa do Brasil sempre tem o time cruzeirense como um dos grandes times da competição.

A Raposa espera agora o duelo entre Palmeiras e Internacional para saber quem será o rival na semifinal. A passagem de fase sobre o rival foi a primeira eliminação do Galo para o time azul em confrontos de mata-mata nacionais.

A noite no Independência teve o que se espera de um clássico da importância de Atlético-MG e Cruzeiro: emoção, gols, pressão, confusão e muita dedicação das duas equipes, proporcionando um espetáculo de bom nível para os torcedores presentes no Horto. A passagem de fase valeu uma premiação de quase R$ 7 milhões, o que vai aliviar os cofres cruzeirenses. 

Dois desfalques em cima da hora da Raposa e Luan no banco

Ariel Cabral e Thiago Neves fizeram testes no aquecimento e, após avaliação, o departamento médico e a comissão técnica optaram por retirar o volante da partida e Thiago Neves ficou entre os suplentes. Em seus lugares entraram Orejuela, recuperado de uma cirurgia, e Fred. Romero voltou a formar o meio de campo na cabeça de área, sua posição original, com Henrique.

No Galo também houve mudanças, com Otero entrando no lugar de Luan, que ficou no banco de reservas por opção do técnico Rodrigo Santana. A intenção do treinador era ter uma opção de arremate ao gol de qualidade, uma das formas do meia venezuelano.

Galo na pressão, Cruzeiro só se defende

Precisando de pelo menos três gols para disputar a vaga nos pênaltis, o Atlético-MG não perdeu tempo e foi para cima da Raposa do primeiro ao último minuto do primeiro tempo. O alvinegro não deixou a equipe celeste sair do campo de defesa. A tática de esperar o rival para contra-atacar foi muito perigosa, pois não havia bom rendimento ofensivo do time cruzeirense.

O resultado de tanta pressão atleticana foi o gol de Cazares, aos 34 minutos, após ele se desvencilhar bem da marcação no meio da área e acertar um chute indefensável para o goleiro Fábio. O tento anotado, animou o Galo, que tentou sair do primeiro tempo com o segundo gol, mas a defesa celeste conseguiu segurar o ímpeto do ataque formado pelo trio gringo, Otero, Chará e Cazares.

Raposa resolve atacar, Galo esquece tática e vai na raça

O alvinegro estava com menos fôlego no segundo tempo, depois de uma etapa inicial em ritmo frenético, mas não abdicou em nenhum momento de atacar o Cruzeiro, que mudou sua postura na etapa final, buscando mais o gol.

Em alguns momentos, as ações do jogo se equilibravam. Todavia, a necessidade atleticana de gol mantinha o Galo sempre mais perto da área cruzeirense, que teve boa postura defensiva , facilitada pelo meio de campo e ataque, que seguravam mais a bola na linha de frente da Raposa.

Nos minutos finais, o Atlético-MG deixou sua organização tática de lado e se lançou ao ataque em busca de gol na força, na pressão, mas encontrava uma defesa azul sempre bem postada. O Atlético-MG mereceu a vitória, mas sabe que perdeu a classificação no jogo de ida, pelo placar elástico sofrido no Mineirão.

Duelo de treinadores

Rodrigo Santana e Mano Menezes fizeram uma disputa à parte. Mano teve de acertar o time antes do rival, pois perdeu Thiago Neves e Ariel Cabral, antes mesmo do início do jogo. A mudança de sistema tático prejudicou a Raposa no primeiro tempo, mas na etapa final, Mano deu uma ajustada na equipe e teve melhora no desempenho.

Santana arriscou no início com a entrada de Otero no lugar de Luan desde o início e se deu bem. O venezuelano deu mais velocidade e o seu entendimento com Cazares e Chará foi o grande diferencial atleticano até metade do segundo tempo.

Vendo a subida de produção do Cruzeiro, Rodrigo Santana resolveu apostar ainda mais na parte ofensiva, colocando Luan, Ricardo Oliveira e Geuvânio. Mano respondia quase que imediatamente, promovendo a entrada de David, que ficou pouco tempo em campo por uma tola expulsão, e de Jadson, para segurar o ímpeto atleticano.

Confusão e VAR mudando o placar

O VAR teve participação decisiva mais uma vez. Em uma rebatida da defesa do Cruzeiro, o time celeste partiu para o contra-ataque, fez boa jogada com Marquinhos Gabriel, que conseguiu achar Pedro Rocha sozinho na esquerda do ataque cruzeirense. Pedro chutou de primeira e marcou o gol, o que praticamente mataria o duelo e confirmaria a classificação.

Mas, o VAR flagrou uma falta de Egídio em Fábio Santos na entrada da área do Cruzeiro. O gol foi anulado, uma confusão foi iniciada entre os jogadores e Alerrandro, pelo Galo, e David, foram expulsos por trocarem empurrões e tentarem se agredir. O clássico mineiro teve outra intervenção do VAR que vai gerar polêmica.

Golaço de Patric: esperança até o fim do atleticano

Quando o Cruzeiro “cozinhava” o jogo, esperando o fim da partida, em uma sobra de bola na entrada da grande área, o lateral Patric acertou um chutaço, marcando o segundo gol alvinegro, aos 47 minutos do segundo tempo, faltando quatro para o fim do duelo. O gol deu esperança e ânimo para o Atlético-MG buscar o gol que poderia levar para os pênaltis. Não foi suficiente, mas o time saiu de campo ovacionado por sua fanática torcida.

Quarta semifinal seguida do Cruzeiro

A Raposa, atual bicampeã da Copa do Brasil, se forma seguida, conseguiu outro feito inédito: chegou à sua quarta fase semifinal seguida na maior competição nacional de mata-mata. Desde 2016, que o Cruzeiro figura entre os quatro melhores do torneio, passando às finais em 2017 e 2018, quando conquistou os títulos.


Brasileirão e disputas internacionais

O Cruzeiro volta a campo no sábado, 20 de julho, às 17h, contra o Bahia, em Salvador, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Também pela disputa nacional, o Galo encara o Fortaleza, no Independência, só que no domingo, 21 de julho às 16h.

Outros compromissos das duas equipes serão por competições sul-americanas. A Raposa terá o primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores, contra o River Plate-ARG, em Buenos Aires, na terça-feira, 23 de julho, às 19h15, horário de Brasília. Já o Galo, pela Copa Sul-Americana, também na fase oitavas de final, vai ao Rio de Janeiro no dia 24 de julho, quarta-feira, encarar o Botafogo no jogo de ida da competição, às 21h30.

FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 2 x 0 CRUZEIRO

​Estádio: Independência - Belo Horizonte (MG)
Data-hora: 17 de julho de 2019, às 19h15
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza(SP)
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis e Alex Ang Ribeiro(SP)
Árbitro de vídeo: Vinicius Furlan(SP)
Cartões Amarelos: Fábio, Egídio, Robinho, Pedro Rocha, David(CRU), Jair, Cazares. Luan, Ricardo Oliveira(ATL)
Cartões Vermelhos: Alerrandro(ATL), David(CRU)
Público e renda: 22.145/R$ 1.352.396,00

Gols: Cazares, aos 34’-2ºT(1-0), Patric, aos 47’-2ºT(2-0)

ATLÉTICO-MG: Victor; Patric, Réver, Igor Rabello e Fábio Santos; Jair(Ricardo Oliveira, aos 24’-2ºT) e Elias(Luan, aos 11’-2ºT); Otero(Geuvânio, aos 18’-2ªT), Cazares e Chará ; Alerrandro. Técnico: Rodrigo Santana

CRUZEIRO: Fábio; Orejuela, Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Lucas Romero, Robinho(Jadson, aos 17’-2ºT), ,Marquinhos Gabriel e Pedro Rocha(Dodô, aos 37’-2ºT) e Fred(David, aos 13’-2ºT) Técnico: Mano Menezes.

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