menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!

Brasil é protagonista de mercado sul-americano de futebol feminino e vira exemplo

Amanda Gutierres foi a maior venda do futebol feminino

Giselly Correa Barata
São Paulo (SP)
Dia 02/11/2025
11:00
Amanda Gutierres foi a maior venda do futebol feminino brasileiro. (Foto: Rebeca Reis/Ag.Paulistão)
imagem cameraAmanda Gutierres foi a maior venda do futebol feminino brasileiro. (Foto: Rebeca Reis/Ag.Paulistão)

  • Matéria
  • Mais Notícias

O futebol feminino brasileiro segue como referência na América do Sul, e essa força tem mostrado impacto no mercado de transferências. A recente venda de Amanda Gutierres, do Palmeiras, ao Boston Legacy por US$ 1,1 milhão (cerca de R$ 5,89 milhões) por 80% dos direitos econômicos, com possibilidade de bonificações, é a quinta maior da história da modalidade, e a tendência é que haja um crescimento neste número e uma expansão do Brasil pelo mundo.

continua após a publicidade

O Lance! conversou com gestores de futebol, que traçaram motivos e perspectivas para o futebol de mulheres no Brasil, tendo em vista o mercado nacional e estrangeiro.

➡️Tudo sobre Futebol Feminino agora no WhatsApp. Siga nosso novo canal Lance! Futebol Feminino

Futebol brasileiro 'inflaciona' mercado sul-americano

Em entrevista, a treinadora Tatiele Silveira, do Colo-Colo, reforçou a influência do Brasil no continente. A força do futebol nacional é vista, principalmente, em competições internacionais. O caso mais recente foi do Corinthians, que conquistou a Libertadores pela sexta vez na história.

continua após a publicidade

— O Brasil inflacionou o mercado, mas é justo. É valorização merecida. No mercado, a comissão busca equilibrar orçamento e necessidade. Jogadoras brasileiras, como Camila Martins, são vistas como peças-chave pela experiência e perfil físico diferente do encontrado no Chile — avaliou ela.

Tatiele Silveira, treinadora do Colo-Colo na Libertadores Feminina. (Foto: Staff Images Woman/CONMEBOL)
Tatiele Silveira, treinadora brasilera à frente do Colo-Colo na Libertadores de futebol feminino. (Foto: Staff Images Woman/CONMEBOL)

Camila Estefano, ex-jogadora e General Manager do projeto "Em Busca de Uma Estrela", que forma atletas com foco em igualdade de oportunidades e empoderamento feminino, compara o cenário brasileiro com os Estados Unidos e Europa.

continua após a publicidade

— Fora do Brasil, as cifras, principalmente de transferência, vêm de fora, né? Quando você fala de atleta. Ainda no Brasil, estamos bem distantes — diz ela.

— O Brasil é disparado na América Latina em termos de estrutura e organização. Alguns países, como Colômbia, estão chegando próximos, mas ainda estamos muito à frente — compara Camila.

➡️ Pai cria clube para filha jogar futebol e time alcança Libertadores

País é bem visto por atletas estrangeiras

Da Venezuela, Da Rocha Freddy, presidente da ADIFFEM, clube que disputou a Libertadores Feminina nesta temporada, detalha a trajetória de seu clube e a sua visão sobre o mercado brasileiro.

O dirigente também explica a percepção do futebol brasileiro no exterior: clubes e ligas da Venezuela respeitam o Brasil pelos títulos recentes e pelo nível técnico elevado das jogadoras. Segundo ele, o mercado brasileiro é atraente por oferecer talento em grande quantidade, formação sólida e mentalidade competitiva, além da proximidade cultural que facilita a adaptação das atletas em clubes vizinhos.

Freddy ressalta, no entanto, que o mercado é caro em comparação com o resto da América do Sul, e que a falta de informações precisas sobre valores de transferências e contratos dificulta a negociação. Ainda assim, ele percebe boa disposição das jogadoras brasileiras em explorar oportunidades fora do país.

O fluxo de talentos venezuelanos para o Brasil, segundo Freddy, é motivado por melhores condições profissionais.

— O mercado brasileiro é atraente por várias razões. A proximidade geográfica e cultural facilita a adaptação das jogadoras. O Brasil possui grande quantidade de talento, ampla estrutura e investimento constante no futebol feminino — analisa.

O Brasil se mantém, assim, como protagonista na América do Sul, atraindo talentos, elevando o nível técnico e fortalecendo o mercado regional do futebol feminino, ao mesmo tempo em que estabelece padrões de profissionalização e visibilidade para outras ligas do continente.

  • Matéria
  • Mais Notícias