Brasil é protagonista de mercado sul-americano de futebol feminino e vira exemplo
Amanda Gutierres foi a maior venda do futebol feminino

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O futebol feminino brasileiro segue como referência na América do Sul, e essa força tem mostrado impacto no mercado de transferências. A recente venda de Amanda Gutierres, do Palmeiras, ao Boston Legacy por US$ 1,1 milhão (cerca de R$ 5,89 milhões) por 80% dos direitos econômicos, com possibilidade de bonificações, é a quinta maior da história da modalidade, e a tendência é que haja um crescimento neste número e uma expansão do Brasil pelo mundo.
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Futebol brasileiro 'inflaciona' mercado sul-americano
Em entrevista, a treinadora Tatiele Silveira, do Colo-Colo, reforçou a influência do Brasil no continente. A força do futebol nacional é vista, principalmente, em competições internacionais. O caso mais recente foi do Corinthians, que conquistou a Libertadores pela sexta vez na história.
— O Brasil inflacionou o mercado, mas é justo. É valorização merecida. No mercado, a comissão busca equilibrar orçamento e necessidade. Jogadoras brasileiras, como Camila Martins, são vistas como peças-chave pela experiência e perfil físico diferente do encontrado no Chile — avaliou ela.

Camila Estefano, ex-jogadora e General Manager do projeto "Em Busca de Uma Estrela", que forma atletas com foco em igualdade de oportunidades e empoderamento feminino, compara o cenário brasileiro com os Estados Unidos e Europa.
— Fora do Brasil, as cifras, principalmente de transferência, vêm de fora, né? Quando você fala de atleta. Ainda no Brasil, estamos bem distantes — diz ela.
— O Brasil é disparado na América Latina em termos de estrutura e organização. Alguns países, como Colômbia, estão chegando próximos, mas ainda estamos muito à frente — compara Camila.
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País é bem visto por atletas estrangeiras
Da Venezuela, Da Rocha Freddy, presidente da ADIFFEM, clube que disputou a Libertadores Feminina nesta temporada, detalha a trajetória de seu clube e a sua visão sobre o mercado brasileiro.
O dirigente também explica a percepção do futebol brasileiro no exterior: clubes e ligas da Venezuela respeitam o Brasil pelos títulos recentes e pelo nível técnico elevado das jogadoras. Segundo ele, o mercado brasileiro é atraente por oferecer talento em grande quantidade, formação sólida e mentalidade competitiva, além da proximidade cultural que facilita a adaptação das atletas em clubes vizinhos.
Freddy ressalta, no entanto, que o mercado é caro em comparação com o resto da América do Sul, e que a falta de informações precisas sobre valores de transferências e contratos dificulta a negociação. Ainda assim, ele percebe boa disposição das jogadoras brasileiras em explorar oportunidades fora do país.
O fluxo de talentos venezuelanos para o Brasil, segundo Freddy, é motivado por melhores condições profissionais.
— O mercado brasileiro é atraente por várias razões. A proximidade geográfica e cultural facilita a adaptação das jogadoras. O Brasil possui grande quantidade de talento, ampla estrutura e investimento constante no futebol feminino — analisa.
O Brasil se mantém, assim, como protagonista na América do Sul, atraindo talentos, elevando o nível técnico e fortalecendo o mercado regional do futebol feminino, ao mesmo tempo em que estabelece padrões de profissionalização e visibilidade para outras ligas do continente.
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