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Pai cria clube para filha jogar futebol e time alcança Libertadores

ADIFFEM, da Venezuela, se destaca na formação de atletas

Giselly Correa Barata
São Paulo (SP)
Dia 29/10/2025
16:50
Da Rocha Freddy, presidente do ADIFFEM, clube de futebol feminino da Venezuela. (Foto: acervo pessoal)
imagem cameraDa Rocha Freddy, presidente do ADIFFEM, clube de futebol feminino da Venezuela. (Foto: acervo pessoal)

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Quando Da Rocha Freddy percebeu que a filha de 12 anos não tinha mais onde treinar futebol durante a pandemia, ele não pensou duas vezes: criou ele mesmo um espaço para que ela e outras meninas pudessem jogar.

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— Meu caminho no futebol feminino começou em janeiro de 2021, embora não de maneira tradicional. Não venho do futebol profissional, mas cheguei a isso como pai — contou Freddy, em entrevista ao Lance!. Naquele começo, eram apenas 15 meninas jogando nas quadras da La Guacamaya, sem estrutura, mas com muita vontade.

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A parceria com María Gisela Núñez, jogadora experiente, trouxe conhecimento técnico e sensibilidade para entender as necessidades das atletas. Freddy, por sua vez, trouxe visão de gestão e estrutura. Em menos de cinco anos, o projeto cresceu: hoje, o ADIFFEM é bicampeão nacional e já transformou a vida de quase 80 jogadoras, disputando a Libertadores Feminina em 2025 no Grupo B, o mesmo de Ferroviária, Boca Juniors e Alianza Lima.

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— O mais importante não são os títulos, e sim saber que mudamos a vida de quase 80 jogadoras que hoje têm oportunidades que antes não existiam — afirma ele.

Desafios do futebol feminino venezuelano

Mesmo com toda a expansão, Freddy ressalta os desafios. A liga venezuelana ainda não conta com jogadoras estrangeiras profissionais, e faltam dados confiáveis sobre transferências e contratações, o que dificulta planejar estratégias de crescimento.

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Ainda assim, há abertura para oportunidades no exterior, especialmente no Brasil, que se tornou destino de muitas atletas em busca de melhores condições profissionais e econômicas. Segundo levantamento do Lance!, esta edição do Brasileirão Feminina contou com 41 estrangeiras.

Para Freddy, a criação do ADIFFEM é mais do que esporte. É inclusão, igualdade e transformação social. Ele lembra que a iniciativa surgiu da frustração de ver a filha sem espaço para treinar, mas se tornou uma história de impacto coletivo.

— De ser um pai buscando uma solução para que minha filha pudesse continuar jogando, me tornei presidente de um clube bicampeão nacional — orgulha-se.

Da Rocha Freddy, presidente do ADIFFEM. (Foto: acervo pessoal)
Da Rocha Freddy, presidente do ADIFFEM. (Foto: acervo pessoal)
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