Lédio Carmona diz que é vascaíno e se despede de Dinamite: ‘Meu super-herói, maior ídolo da minha vida’

Jornalista afirmou que homenageou Dinamite com o nome de seu primeiro filho e destacou que o dia de hoje está sendo um dos mais difíceis de sua vida

Lédio Carmona e Roberto Dinamite
Lédio relatou o amor pelo Vasco que herdou da família na infância (Reprodução/TV Divulgação)

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Lédio Carmona postou nas redes sociais uma homenagem para Roberto Dinamite, que morreu neste domingo aos 68 anos. O jornalista da Globo afirmou que é vascaíno e destacou a importância do craque em sua vida.

- Roberto Dinamite é o maior ídolo da história do Vasco. Roberto Dinamite é o maior ídolo da minha vida - começou Lédio.

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Lédio relembrou o inicio da relação com o Vasco e o amor pelo clube dividido com o pai. 

- Nunca tinha visto um jogo de futebol na vida. Ignorava. Até que, num domingo qualquer de 1974, vejo meu pai dar tchau e rumar para algum lugar. Tinha apenas nove anos. Achei estranho e perguntei para minha mãe. “Onde ele vai?”. Meu pai raramente saía de casa num domingo. A grana era curtíssima. “Ele foi ao jogo do Vasco”, respondeu minha mãe.  Resposta vaga. Fui no meu avô. E estabeleceu-se o diálogo que inseriu Roberto Dinamite na minha vida, me tornou jornalista esportivo, amante do futebol e vascaíno. - “Ele foi ao Maracanã ver Vasco x Santos”, disse meu avô. Mas é importante? Ele nunca vai…”, retruquei. “Sim. Ele vai ver Pelé contra Roberto Dinamite”, devolveu o velho Lourenço. “Roberto é o bom do Vasco?”, perguntei, meio sem graça com minha ignorância?”. “Andrada, Zanata são bons. Roberto é o melhor” - relembrou Lédio.

- Roberto virou o fio condutor de minha entrada no futebol. Um domingo qualquer de 1974 mudou minha história. O Vasco venceu por 2 x 1. Dois gols de Roberto. Um de Pelé, de falta, o último do Rei no Maracanã. Nesse dia, o futebol entrou no meu radar para nunca mais sair. Consumia tudo. Vivia colado ao rádio e, com 11, 12 anos, já sabia que seria jornalista esportivo. E, ao mesmo tempo, o elo da família com o Vasco e com Roberto só se estreitava. Minha avó, morta em 2006, gostava tanto do Roberto que ganhou apelido de “Bob” - destaca.

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Lédio afirmou que homenageou Dinamite com o nome de seu primeiro filho e destacou que o dia de hoje está sendo um dos mais difíceis de sua vida.

- A relação com Roberto me trouxe outras certezas. Tinha absoluta segurança que tremeria quando o entrevistasse pela primeira vez. E assim aconteceu, em 1986. Sabia que meu primeiro filho se chamaria Roberto. E assim aconteceu, em 2008. E tinha absoluta convicção de que o dia da sua morte seria um dos mais difíceis da minha vida. E está sendo. Muito difícil. Não há uma homenagem para Roberto. Ele precisa ser homenageado sempre. Lembrado sempre. Amado sempre. A história de Roberto se mistura com a da minha família. Dói muito - lamenta.

- Lembro do avô. Lembro do Bob. Lembro da Avó. Lembro do Bob. Lembro do Pai. Lembro do Bob. Lembro do filho. Lembro do Bob. Meu super-herói, vá em paz. A família te aguarda lá em cima. Descanse - conclui Lédio.

O craque travava uma batalha contra um câncer no intestino desde o fim do ano de 2021 e estava internado desde sábado no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca. Além de ter marcado época como o maior artilheiro do Vasco, ele teve dois mandatos como presidente, entre os anos de 2008 e 2014. O clube deixou em vida uma homenagem ao camisa 10: uma estátua que fica atrás de um dos gols de São Januário.

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