Justiça acata denúncia de manipulação no futebol e investigados se tornam réus; veja nomes

Esquema teria atuado em oito jogos do Brasileirão de 2022, além de outras cinco partidas

Fernando Cesconetto - coletiva de imprensa da Operação Penalidade Máxima II
Fernando Cesconetto é promotor do Ministério Público de Goiás (Foto: Reprodução/MP-GO)

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A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público de Goiás sobre a segunda fase da operação Penalidade Máxima, que apura um esquema de manipulação de apostas no futebol brasileiro. De acordo com a revista "Veja", os 16 investigados, que agora passam a ser réus no caso, irão a julgamento após processo de instrução.

A investigação iniciada pelo MP-GO listou pelo menos 13 partidas com suspeita de esquema de manipulação. Segundo o site do órgão, oito jogos seriam da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022, além de um da Série B e quatro em estaduais neste ano.

Os jogadores acusados são Eduardo Bauermann, do Santos; Gabriel Tota, do Ypiranga; Victor Ramos, da Chapecoense; Igor Cariús, do Sport; Paulo Miranda, do Náutico; Fernando Neto, do São Bernardo; e Matheus Gomes, do Sergipe. Bruno Lopez, um dos apostadores detido na primeira fase da operação, seria o líder do esquema, segundo o MP.

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- Trata-se de atuação especializada visando ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo. O grupo se vale, ainda, de inúmeras contas de terceiros para aumentar seus lucros, ocultar reais beneficiários e registra a atuação de intermediadores para identificar, fornecer e realizar contatos com jogadores dispostos a praticar as corrupções - trouxe parte da denúncia feita pelo MP-GO.

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A operação Penalidade Máxima investiga um esquema em que apostadores aliciavam e convenciam jogadores a realizarem atos específicos em campo visando lucro em apostas em sites do ramo. Segundo o MP-GO, entre estes lances estariam levar um cartão amarelo, cometer um pênalti e até ser expulso, por exemplo. Para isso, eles faziam propostas e pagavam aos atletas quantias em dinheiro, às vezes passando de R$ 100 mil.

Os jogos investigados são:
Palmeiras X Juventude (10/09/2022)
Juventude X Fortaleza (17/09/2022)
Goiás X Juventude (05/11/2022)
Ceará X Cuiabá (16/10/2022)
Sport X Operário (PR) (28/10/2022)
Red Bull Bragantino X América (MG) (05/11/2022)
Santos X Avaí (05/11/2022)
Botafogo X Santos (10/11/2022)
Palmeiras X Cuiabá (06/11/2022)
Red Bull Bragantino X Portuguesa (SP) (21/01/2023)
Guarani X Portuguesa (SP) (08/02/2023)
Bento Gonçalves X Novo Hamburgo (11/02/2023)
Caxias X São Luiz (RS) (12/02/2023)

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