Jogadora de basquete norte-americana está em uma das prisões mais severas da Rússia

Brittney Griner, de 32 anos, recebeu pena de nove anos em colônia penal acusada de violar os direitos humanos

Brittney Griner
Brittney Griner está detida na Rússia desde fevereiro deste ano (Foto: Barry Gossage / AFP)

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A jogadora de basquete norte-americana Brittney Griner, de 32 anos, está presa na Rússia desde fevereiro deste ano, depois de ter sido flagrada com substâncias ilícitas ao desembarcar no país. Em outubro, a esportista foi condenada a nove anos de prisão e foi transferida para a colônia penal IK-2, na Mordóvia, a 500 km de Moscou, considerada uma das prisões mais severas do país.

A prisão é acusada de violar direitos humanos além de apresentar tratamentos abusivos, superlotação e condições adversas. Durante entrevista ao jornal norte-americano "NBC", Nadezhda Tolokonnikova, integrante do grupo musical Pussy Riot, revelou que passou por greve de fome durante sua passagem no local, além de sofrer constantes ameaças.

- Há privação do sono, pressão para cumprir quotas de trabalho impossíveis, (ficamos) reclusas, a gritar constantemente, sem parar, (tendo de) lutar por coisas mínimas - disse Nadezhda Tolokonnikova.

- Mandaram a Griner para a pior prisão de toda a Rússia. São normais os espancamentos, as torturas e quase não há assistência médica. Se não estiverem trabalhando, as prisioneiras têm de fazer trabalhos físicos muito duros, como cavar valas ou partir blocos de gelo. Se alguém se negar, vai para uma cela de castigo, um espaço mínimo e gélido. Os barracões têm entre três a cinco casas de banho para 100 ocupantes. Não há água quente. As condições são de escravatura - completou Tolokonnikova.

Brittney Griner ficou detida na Rússia por mais de oito meses, antes de ser transferida para a colônia penal onde vai cumprir o restante da pena. A transferência para a severa prisão foi tomada depois que a Justiça da Rússia negou o recurso de defesa para redução da pena de nove anos por posse de drogas, no último mês. O caso da jogadora de basquete virou uma espécie de disputa geopolítica entre Moscou e Washington, e os EUA vêm tentando garantir um acordo para sua libertação. O presidente Joe Biden, inclusive, chegou a fazer um apelo público pela libertação da esportista.

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