Caboclo segue em negativa sobre acusação de assédio, mas admite ‘comportamento inadequado’

Em entrevista à revista Veja, presidente afastado da CBF diz que acusações de funcionária da entidade são usadas de forma política

Rogério Caboclo
Presidente afastado da CBF disse que é vítima de perseguição política (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

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Presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo admitiu em entrevista à Revista Veja que teve comportamento inadequado no caso em que foi denunciado por de assédio por uma funcionária da entidade.

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- Posso afirmar categoricamente que nunca cometi nenhum tipo de assédio. Nunca tive a liberdade de tocá-la, de insinuar qualquer coisa. Nunca tive nenhum apreço a não ser o de cunho profissional. Não houve nada parecido além daquele episódio gravado. Se pudesse voltar no tempo, não teria feito o que fiz. Me arrependo profundamente — disse Caboclo à Veja.

Para Caboclo, a situação é usada de forma política. Ele ainda acrescentou que foi mal interpretado, linha sustentada por sua defesa na Comissão de Ética da CBF.

- É notório que houve edição, a voz dela foi suprimida  e não se percebe a troca entre as pessoas naquela conversa. Mas esse aspecto não é o principal, pouco importa se houve edição. Tínhamos intimidade eu a considerava até como uma confidente. E pessoas com essa intimidade podem ter conversas mais próximas. Mas insisto, fiz comentários infelizes e de mau gosto — e meus adversários usaram isso contra mim, virou um caso político. Logo em seguida, me fizeram uma proposta financeira que, de fato, eu não podia aceitar - salientou.

Na entrevista, Caboclo também comentou sobre a movimentação dos clubes da Série A para criação de uma liga a fim de tomarem para si a organização do Campeonato Brasileiro. O cartola defendeu um modelo "moderado".

- Enquanto estive na presidência, não era um tema em voga. Surgiu tão logo aconteceu o meu afastamento. Os clubes e os atletas são a parte essencial do futebol, sem dúvida. É fundamental ouvi-los, mas há modelos de ligas que decolam e modelos que naufragam. O ideal seria um modelo moderado, em que os clubes tenham participação cada vez mais efetiva, mas com gestão da CBF na organização dos campeonatos — concluiu.

No início desta semana, a Justiça do Rio de Janeiro acatou recurso da CBF e suspendeu a intervenção na entidade, que havia sido decretada em sentença anterior do Juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível de Barra da Tijuca  Mario Cunha Olinto Filho, da 2.ª Vara Cível da Barra da Tijuca. A ordem veio no mesmo dia em que os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro de Bastos, caminhavam para tomar posse como inteventores. 

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