Roger analisa derrota do Fluminense e comenta possível retorno de Nino nas quartas de final da Libertadores

O técnico acredita que Nino trará confiança para o grupo depois de conquistar a medalha de ouro, mas lembrou que é preciso analisar como ele estará e se adaptará ao fuso

Roger Machado
Roger Machado é o técnico do Fluminense (FOTO: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)

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Na tarde deste domingo, o Fluminense foi derrotado para o América-MG por 1 a 0, no Independência, em partida válida pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, inclusive, o Tricolor chegou ao terceiro jogo seguido com derrota. Na coletiva, o técnico Roger Machado falou sobre esse momento ruim e destacou que é "muito difícil" disputar três competições simultaneamente, indo bem em todas.

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- A gente trabalha sempre para não permitir que a influência da irregularidade no Campeonato Brasileiro afete o trabalho. Até porque é muito difícil você disputar três competições simultaneamente estando bem nas Copas e o Campeonato Brasileiro, que é uma competição de regularidade.

- Em algum momento você vai ter um momento irregular, esses ciclos vão se repetir ao longo de 38 rodadas, ora um viés de subida, ora um insucesso em função de um jogo ou outro dentro dessa instabilidade. Não tenho receio, procuro apenas trabalhar, mas sei que isso de fato pode atrapalhar no processo.

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Depois de conquistar o ouro na Olimpíada de Tóquio, Nino retornará ao Fluminense já nesta semana. Dessa forma, Roger acredita que o zagueiro transferirá a moral do título conquistado no Japão para o grupo. No entanto, o técnico não garantiu que ele estará disponível para o jogo desta quinta-feira, contra o Barcelona de Guayaquil, válido pelas quartas de final da Libertadores. 

- A confiança que ele chega, evidentemente, transfere para o grupo. Campeão olímpico, com moral alta, isso tudo impacta dentro do nosso ambiente. Agora, se a gente vai conseguir utilizá-lo ou não, vai depender de como... É uma viagem longa, ele está adaptado ao fuso, como que vai ser esse retorno para o fuso brasileiro. Temos que esperar para ver para analisar para ver se ele vai conseguir recuperar, vai conseguir entrar no fuso para poder decidir a respeito da utilização dele ou não no jogo da Libertadores.

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VARIAÇÃO DE ESQUEMA


- A estrutura que a gente monta é variável, dentro do jogo, a gente tem um 4-4-2 quando o Nene e o Fred estão à frente. Então, não é um 4-3-3 engessado que você não tem alternativa de jogo durante a partida. A responsabilidade dos atacantes da beirada de retornar, isso todo mundo faz. É necessário que se retornem na maior parte do tempo, porque os laterais apoiam muito, Patric apoia muito e faz com que um dos (atacantes de) beiradas tenha que descer, porque você soma mais jogador no campo de ataque.

- Isso não é uma tendência do futebol brasileiro, é uma tendência do futebol mundial e todo mundo faz isso. Nas avaliações, elas são feitas. Contra o Sport, jogamos com duas linhas. Acabei a partida jogando num 4-3-3, mas com um meia na posição de volante. As alternativas estão lançadas. Independente do modelo da estrutura tática, é com quanta qualidade a gente faz dentro dessa estrutura. Se nos momentos que nós conseguimos se sobrepor ao adversário, nós tivemos qualidade e conseguimos ter capacidade e fomos competentes para sobrepor às adversidades. Hoje foi um dia que a gente não conseguiu ter essa qualidade toda, principalmente no segundo tempo, que não nos permitiu sair com um resultado diferente.

CHEGOU A HORA DE TROCAR DE ESQUEMA?

- Não vejo o momento de uma troca de estrutura com uma ruptura muito grande do que a gente tem feito. As alternâncias, a gente tem colocado dentro do campo, saindo de um 4-3-3 ou num 4-4-2 como foi contra o Sport, alterando no meio da partida para um 4-4-2 com um pouco mais de liberdade para os jogadores de meio, colocando jogadores com um pouco mais de destreza para colocar a bola e organizar pela técnica, ter o controle pela técnica com o Paulo e com o Cazares. Mas não vejo que esse momento seja o ideal para que a gente faça isso, porque as decisões estão aí.

- Nós criamos um time seguro defensivamente, que hoje acabou sofrendo com os contra-ataques depois que a gente abriu um pouco mais o time. Mas de modo geral, a segurança defensiva que vai fazer a gente evoluir na partida, mas temos que ter eficiência e daí sim dar a competência na hora de empurrar a bola para o gol. Dependendo do jogo, dependendo da capacidade do adversário que nós estamos jogando, impedem que a gente consiga ter esse sucesso. Até agora, a gente tem conseguido muito mais sucesso do que insucesso com esse modelo. Acho que é a isso que temos que nos apegar.

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