Risco de suspensão, críticas e ritmo a jogadores: como foi o primeiro ano do Sub-23 do Fluminense

Projeto levou alguns jovens pelo menos ao banco do profissional e serviu para dar ritmo a jogadores como Frazan, retornando de longo período de lesão

Samuel - Fluminense
Samuel é um dos valores do Sub-23 do Fluminense (Foto: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC)

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Chegou ao fim a primeira temporada do Sub-23 do Fluminense. Após a eliminação na semifinal do Campeonato Brasileiro de Aspirantes, a categoria, que viveu um ano instável, faz o balanço dos frutos que colheu. Idealizado pelo diretor de futebol Paulo Angioni, o projeto tem como objetivo dar mais tempo de maturação aos jovens que saem de Xerém e prepará-los para o profissional. Entre críticas e uma boa campanha no ano de estreia, a categoria correu risco de ser suspensa, mas serviu para dar ritmo a atletas como Frazan e colocar holofotes em Luiz Henrique.

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PRESSÃO E RISCO DE SUSPENSÃO

A expectativa inicial era que o clube tivesse de 22 a 25 jogadores no grupo. Até o fim do Brasileirão, foram utilizados 35 atletas com idades de 18 a 25 anos. Esta, inclusive, foi a única competição no calendário, assim como em 2019, e o Flu participou, mesmo que a intenção inicial fosse buscar um entendimento com a CBF para ampliação do calendário.

Falando nas datas, o projeto quase foi suspenso temporariamente por conta da pandemia. Isso porque, com a paralisação dos jogos, a CBF demorou a confirmar se o Brasileiro iria de fato acontecer. O elenco seguiu a rotina de treinos online. O veredito veio no final de julho e os primeiros confrontos foram pouco depois, nos amistosos contra o Sub-20 do Botafogo.

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CAMPO 3

Como o Sub-23 também treina no CT Carlos Castilho, a ideia do Fluminense era finalizar a construção do campo 3. O que inicialmente era para ser lançado em fevereiro acabou saindo já nos últimos dias de novembro. O espaço ficou à disposição também do time profissional para haver maior rodízio entre os campos, facilitando a manutenção dos gramados.

RENDIMENTO

Comandado inicialmente por Marcão, hoje no profissional, o Sub-23 teve bons resultados nesta temporada inicial. No Brasileirão, a equipe se classificou na segunda colocação do Grupo B na primeira fase, com 11 pontos em oito jogos. Depois disso, passou em primeiro na segunda fase, se classificando para as semifinais com nove pontos em seis jogos. No total, foram 14 partidas, com cinco vitórias, cinco empates e quatro derrotas.

Os artilheiros foram Samuel, com cinco gols, Matheus Pato, com quatro, John Kennedy e Cassini, com dois cada. Gabriel Capixaba, Frazan, Wallace, Gabriel Teixeira, Miguel Vinícius, Luís Gustavo e Jefferson marcaram um cada.

REFORÇO

Um dos objetivos do projeto é justamente ceder atletas com mais ritmo de jogo e cada vez mais maduros para o time principal. Com poucas contratações, desfalques por Covid-19 e lesões, o Flu recorreu bastante aos aspirantes e utilizou 15 atletas para completar listas de relacionados. Entre eles, seis foram utilizados: Martinelli, André, Daniel, Nascimento, Wisney, Christian e Luiz Henrique, que chegou a disputar os amistosos contra o Botafogo no Sub-23, mas foi puxado por Odair Hellmann antes do Brasileirão começar.

O lateral-direito Calegari também estaria na categoria, mas já fez os amistosos contra o Botafogo pelo time principal após a venda de Gilberto. Além disso, quem também ganhou com a criação do time foi o zagueiro Frazan. Depois de sofrer uma grave lesão ainda na pré-temporada, o zagueiro se recuperou no joelho direito e passou a atuar no Sub-23. Depois de três jogos, foi relacionado três vezes para partidas do elenco principal.

OS CONTRATOS

Como o LANCE! já mostrou anteriormente, o Fluminense terá alguns jogadores em fim de contrato ao longo de 2021. Entre os atletas que estão no Sub-23 e só estavam vinculados até o término do Brasileirão estão o atacante Matheus Pato, Cassini, Caio Vitor, Denilson, Zé Ricardo e Luis Gustavo.

Mais para frente, o meia-atacante angolano Lussivica está emprestado até o fim de 2021, Christian, atacante da equipe, tem vínculo até junho de 2021, assim como Wagninho e Nascimento. Quem fica pelo menos até dezembro é o zagueiro Higor, o volante John Everson e o goleiro João Lopes, contratado em janeiro de 2020.

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