Marlon vê jogo com Palmeiras como ‘virada de chave’ para o Fluminense e cobra: ‘Temos que melhorar muito’

Lateral-esquerdo ainda falou sobre a decisão por permanecer no Tricolor e a evolução que teve quando estava emprestado para equipes da Europa

Marlon - Fluminense
Marlon, durante entrevista coletiva no CT Carlos Castilho (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)

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O Fluminense vive momento de incerteza na temporada. Sonhando com uma vaga na próxima Libertadores, a equipe vem de atuações ruins e teve uma situação tensa com a torcida na vitória no último minuto sobre o Sport, na última vez que atuou no Maracanã. Para este domingo, contra o Palmeiras, o lateral-esquerdo Marlon afirmou, em entrevista coletiva, que espera uma apresentação mais consistente para contar com o apoio dos tricolores, que chegaram a cantar "time sem vergonha" segundos antes do gol de David Braz.

- Sabemos que o futebol se baseia em resultado, o mais importante é a vitória. Para trazer o torcedor para o nosso lado precisamos não só apresentar um bom futebol como trazer vitórias. O torcedor vai ao Maracanã ou assiste de casa esperando isso. Cabe a nós representar o clube da melhor maneira possível, buscar jogar bem e apresentar os resultados esperados. É um jogo muito esperado contra o Palmeiras que pode ser uma virada de chave para nós, são partidas importantes. Temos que buscar afirmação e manter regularidade - avaliou o jogador em entrevista coletiva no CT Carlos Castilho.

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O encontro com o Palmeiras vem depois de uma sequência de quatro partidas contra equipes da parte de baixo da tabela em que o Flu só conquistou três pontos. O adversário vive bom momento na temporada e já está com o pensamento voltado para a decisão da Libertadores no próximo dia 27, contra o Flamengo, no Uruguai. Marlon falou sobre a importância da vitória independentemente do rival.

​- É um jogo muito difícil. O Palmeiras vem em um crescimento bom e faz uma grande temporada. Sabemos que eles têm uma decisão importante pela frente. No Fluminense todos os jogos são decisões importantíssimas, precisamos pontuar. O Palmeiras pode estar na Libertadores, mas sabe que vai enfrentar um time muito forte, que vai buscar a vitória em todos os momentos. Precisamos da vitória para diminuir a diferença para os concorrentes, ultimamente não temos conseguido manter a regularidade esperada, mas temos os ingredientes certos para conseguir a vitória. O elenco está motivado. Se as coisas saírem bem, podemos conseguir a vitória - projetou.

Sem margem para erros e vendo as chances de G6 caírem, o Fluminense está em oitavo lugar, com 42 pontos. O Internacional é o sétimo, com 44, enquanto o Corinthians ocupa a sexta posição, com 47. Athletico-PR, nono, e América-MG, décimo, por exemplo, estão com 41, o que deixa o Tricolor com ainda mais necessidade de vencer. Marlon garantiu que o objetivo é ir para a Libertadores e que há cobrança interna.

- Todos sabem que o objetivo é classificar para a fase de grupos da Libertadores. A equipe esteve na competição neste ano e fez uma boa campanha. A conversa todos os dias é sobre a Libertadores, mas também que precisamos melhorar nosso desempenho. Nessa reta final acho que em algumas partidas o futebol ficou um pouco aquém do que era esperado, mas não por falta de empenho e trabalho. Pegamos equipes que também se capacitam muito e estão preparadas para enfrentar grandes jogos - disse.

- A Libertadores é nosso objetivo máximo, a diretoria conversa com a gente e nós também nos cobramos. Temos que melhorar muito nessa reta final, até porque a vantagem de pontos que tínhamos para as equipes de trás diminuiu e não estamos tão longe do Internacional, um pouco mais do Corinthians. Sabemos que duas vitórias podem reduzir isso. Faltando seis ou sete jogos é importante engatar essa sequência. Temos condições de buscar as vitórias, tirando aquele algo a mais, buscando o que precisamos e acredito que possamos conquistar isso - completou.

DECISÃO DE FICAR

Marlon retornou ao Fluminense de empréstimo no dia 30 de junho, mas só voltou a ter uma oportunidade após cinco meses. Enquanto esteve fora do clube carioca, o lateral atuou pelo Trabzonspor, da Turquia, e também ao Boavista, de Portugal. Ele chegou às Laranjeiras em 2017 por empréstimo, após se destacar no Criciúma, e defendeu o clube até 2019, quando assinou contrato em definitivo até o fim de 2022. Depois disso, porém, perdeu espaço e foi negociado, somando 46 jogos e um gol com a camisa tricolor.

- Foi uma experiência muito boa para mim. Quando saí do Fluminense eu vivia um momento de incerteza no clube por não ter bons rendimentos e não entregar o futebol esperado. O jogador tem que ter a maturidade de saber que não está rendendo bem e não só reclamar por não atuar. Tive humildade de reconhecer isso e procurei a saída para melhorar meu futebol. Tive dois anos e meio de boas experiências no futebol europeu. Não são ligas tops, mas me deram a oportunidade de jogar contra grandes equipes. Voltei a ter bons rendimentos e voltei ao Fluminense mais maduro como homem e jogador. Vim para buscar meu espaço e agora estou feliz por estar jogando - afirmou.

Depois que retornou, Marlon não teve chances com Roger Machado e só foi atuar como titular em outubro, já com Marcão, em meio a uma crise na lateral-esquerda com os criticados Danilo Barcelos e Egídio. O jogador chegou a receber proposta do Fortaleza, mas, no fim, permaneceu no Flu.

- Tivemos uma conversa com o Fluminense, o Paulo Angioni teve uma conversa comigo e com os meus representantes para dizer que eu teria oportunidades e que confiavam em mim. Eu também queria essa chance desde o momento que voltei, quando o treinador era o Roger, falei que queria ficar, mas o futuro estava nas mãos do clube. Esperei minha oportunidade por quase cinco meses, mas me preparei. Sempre observei os jogos para entender a metodologia do clube, que seria diferente de quando eu saí. Fico feliz por não ter saído, foi uma demonstração de interesse do Flu no meu futebol, de ver que eu evoluí. Estou buscando afirmação e regularidade. Estou no momento ideal para desempenhar esse papel - comentou.

- Às vezes as coisas no futebol não acontecem da forma como se espera, tem que estar preparado para o insucesso. Claro que eu sempre tentei fazer grandes atuações, conquistar títulos e ter um bom desempenho, mas reconheci que na primeira passagem não fiz isso. Tive a capacidade de rever muitas coisas, conceito de jogo. Foi boa a saída, pude melhorar meu futebol e volto com ambição de conquistar meu espaço e ser bem quisto por todos no clube e a torcida. Estou mais maduro, consegui a minutagem que eu esperava lá fora, me adaptei a culturas diferentes. Estou pronto para essa nova oportunidade. Posso dizer que sou um felizardo porque são poucas pessoas que têm outra chance em um clube da magnitude do Fluminense. Cabe a mim agora agarrar essa oportunidade - finalizou.

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