Flu adota discurso em prol do reforço psicológico na reta final do ano

Em entrevistas recentes, técnico Marcão e jogadores como Nenê, Muriel e Marcos Felipe falaram na necessidade de controlar a ansiedade para evitar erros 

Fluminense x Atlético-MG
Marcos Paulo lamenta chance perdida contra o Atlético-MG (Foto: André Melo Andrade/MyPhoto)

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Uma cena já se tornou corriqueira no Campeonato Brasileiro, nos jogos do Fluminense. O Tricolor muitas vezes joga melhor do que os adversários na maior parte do tempo, cria chances claras, mas não consegue sair de campo com a vitória. O empate em 1 a 1 com o Atlético-MG, no último sábado, foi mais um exemplo deste comportamento da equipe. O discurso da comissão técnica e dos jogadores parece apontar para um fator como vilão: a ansiedade. 

Em coletiva logo após a  frustrante partida para os torcedores tricolores que foram ao Maracanã, o técnico Marcão falou sobre a necessidade de reforçar a parte mental de uma equipe pressionada pelo risco de rebaixamento. 

– Queríamos o resultado, até por tudo o que trabalhamos na semana. A nossa situação requer vitória, requer essa luta. Em um momento ou outro, poderíamos ter mais tranquilidade para fazer uma escolha melhor. Temos criado situações de gols, que é o mais difícil. Na oportunidade que aparecer, os jogadores têm que estar mentalmente e fisicamente preparados – afirmou Marcão. 

O discurso do treinador foi reforçado pelo goleiro Marcos Felipe, na coletiva de imprensa antes do treinamento da última segunda-feira, no CT Carlos José Castilho. O jogador de 23 anos, que teve a primeira chance como titular na temporada, graças à uma lesão do titular Muriel, destacou a a necessidade de reforço psicológico do grupo na reta final do Brasileirão. 

– O que agente precisa trabalhar é a parte mental e alguns detalhes táticos. Precisamos errar o minimo possível porque essa reta final do campeonato não permite muitos erros. Precisamos trabalhar bastante essa parte mental para ter a melhor atuação nestes cinco jogos que restam – afirmou  o goleiro. 

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Mais experientes concordam

O discurso afinado do elenco sobre a necessidade de trabalhar o fator psicológico não é novidade. Logo após o empate sem gols com o Vasco, pela 30ª rodada, no início de novembro, o experiente meia Nenê não teve dúvida de apontar o caminho a ser seguido pelo Fluminense na competição. Na partida, o nervosismo tomou conta do Tricolor e a equipe pecou como no último passe e nas finalizações.

– O que atrapalha é a ansiedade, mas precisamos manter a cabeça no lugar. O erro no último passe e nas finalizações não deixam a gente marcar gols, o que já aconteceu no início do campeonato. Não temos mais margem de erros e precisamos melhorar nas últimas rodadas – resumiu Nenê na ocasião.

Em setembro, logo depois da derrota para o lanterna Avaí, no Maracanã, ainda sob o comando de Oswaldo de Oliveira, o goleiro Muriel já havia levantado a questão.

– Temos que controlar a ansiedade. Não podemos deixar que o momento de dificuldade faça com que deixemos de acreditar. Temos feito bons jogos, mas um detalhe ou outro não está pesando a nosso favor. Precisamos estar mentalmente fortes para esse próximo jogo – disse Muriel no dia seguinte à partida válida pela 17ª rodada.

O Fluminense tem uma semana inteira de treinamentos pela frente para reforçar a parte mental, antes de voltar a campo para enfrentar o CSA, na próxima segunda-feira, em Maceió.  A partida pela 34ª rodada é decisiva para o clube, por tratar-se de duelo direto na luta contra o rebaixamento. 

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