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‘Choque de realidade’ expõe carências do Flu, mas saldo até então é positivo

Contra o Flamengo, Tricolor demonstrou dificuldade em sair jogando em toque de bola. Ataque se mostra o ponto forte do time neste início de temporada 

Evanilson Fluminense
imagem cameraEvanilson fez o segundo gol do Tricolor, o primeiro dele contra o Flamengo (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 13/02/2020
03:20
Atualizado em 13/02/2020
05:00

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A derrota para o Flamengo e, consequentemente, a eliminação da Taça Guanabara, foi um duro choque de realidade para o Fluminense. No último domingo, o mesmo time passeou no Maracanã e venceu o Botafogo por 3 a 0, placar feito ainda no primeiro tempo. No entanto, o Rubro-Negro está em um nível muito superior ao do Glorioso e essa diferença foi constatada antes dos 10 minutos de jogo, com os gols de Bruno Henrique e Gabigol.

Além de ter muita qualidade no ataque, o Flamengo produz muita dificuldade ao adversário na saída de bola e foi nesse aspecto que o Fluminense mais mostrou dificuldade. Yuri e Henrique são notabilizados por serem volantes de marcação, não tendo a característica de construção, como tinha Allan, atualmente no Atlético-MG. Com isso, o Tricolor praticamente não jogou no primeiro tempo, o que foi crucial para a derrota.

Apesar de sair em defesa dos volantes ao ser questionado na coletiva, Odair Hellmann mostra ter dúvidas nesse setor. Hudson por exemplo foi titular em boa parte dos jogos e, em tese, possui um passe melhor, porém acabou perdendo a posição para Yuri, que ao lado de Henrique, fez um bom clássico diante do Botafogo. Na avaliação do técnico, uma situação que faz parte no processo de formação da equipe.

- A gente ainda está visualizando jogadores. Nós temos nessa função o Dodi, Yuri, Hudson e Henrique. No início, se vocês lembrarem, eu iniciei com Hudson e Yuri e até ia repetir essa escalação, mas aí o Yuri se machucou e eu tive que optar pelo Dodi. Ainda estamos em busca de uma visualização de aproximação de característica que produza não só nos volantes, mas também em outros setores do time.

A defesa e o ataque parecem estar bem assimilados no sistema de jogo. Vale destacar que os gols sofridos nesta temporada aconteceram muito em função de erros individuais do que falhas no sistema defensivo. Com Nino retornando da Seleção Olímpica e Matheus Ferraz cada vez mais próximo da forma física ideal, a tendência é que o setor fique ainda mais fortalecido.

Já na frente, a dor de cabeça só vai aumentar a partir do momento que Fernando Pacheco ganhar entrosamento e entender a filosofia de jogo da equipe. O peruano entrou e incendiou o clássico, aumentando ainda mais o leque de opções, que já é bem vasto, tanto que Michel Araújo ficou fora do banco de reservas. Com maior disputa por posição, a tendência é que o nível ofensivo seja alto e quem ganha com isso é o Fluminense. Por isso na avaliação de Odair Hellmann o saldo até então é bastante positivo, deixando claro que há muito o que melhorar.

- Quando eu falo para vocês que nós, na minha modesta e humilde opinião, produzimos muito mais coisas positivas, é por isso. Nós temos muitas coisas a melhorar, a construir, a evoluir como time, individualmente, na parte tática, na parte técnica, na parte física. Mas eu acho que nós estamos no caminho certo de uma melhor condição e eu acho que a gente fez muito mais coisas positivas até agora do que negativas.

Sem tempo para lamentar a eliminação, o Fluminense treina na tarde desta quinta-feira, mirando o compromisso da próxima terça-feira, contra o Unión La Calera, no Chile, pela Copa Sul-Americana. O primeiro jogo terminou 1 a 1 e o empate sem gols é do adversário.

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