Justiça suspende votação para mudança de estatuto do Cruzeiro

Conselheiros e associados questionam o edital de convocação feito pela diretoria celeste

A votação do novo estatuto do Cruzeiro estáva agendada para o dia 24 de novembro, mas foi suspensa pela Justiça
A votação do novo estatuto do Cruzeiro estáva agendada para o dia 27 de novembro, mas foi suspensa pela Justiça-(Divulgação/Cruzeiro)

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A Justiça de Minas Gerais suspendeu a votação sobre a mudança do estatuto do Cruzeiro, marcada para os dias marcada para os dias 27 e 28 de novembro.

Associados e conselheiros do clube entraram com a ação judicial, pois não concordam a forma para a realização do encontro virtual, alegando "vício na convocação, ausência de confiabilidade e transparência do processo. Outro ponto levantado pelos queixosos é” que “não há previsão expressa de Assembléia Geral Extraordinária no estatuto social do clube”.

As pessoas com direito a voto na Raposa, cerca de 2 mil membros do clube, questionam a convocação do clube, dizendo que o "o edital de convocação da AGE é vago, já que não discrimina regras relacionadas às formas de participação e de votação, qual programa eletrônico deverá ser acessado para deliberar e qual a sua forma de utilização, o que contraria o estatuto social do clube".

O Cruzeiro comentou e lamentou a suspensão da assembleia em nota enviada à imprensa.

O Cruzeiro Esporte Clube tomou conhecimento da decisão liminar oficializada nesta terça-feira pela 10ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, determinando a suspensão da votação virtual do novo Estatuto, marcada para os dias 27 e 28 de novembro. A ação foi ajuizada por um grupo de conselheiros do Clube.

A modernização do Estatuto celeste é uma solicitação antiga de conselheiros e torcedores. A atual diretoria não mediu esforços para que o projeto fosse desenvolvido e discutido entre toda a comunidade em volta do Cruzeiro, incluindo associados e colaboradores. Agora, o documento entraria em uma fase de debates e votação.

No novo estudo havia o esclarecimento de várias omissões, inclusive com regras mais rígidas para a administração e com processos internos mais claros, como para a expulsão de conselheiros. Os sócios torcedores também teriam representatividade no conselho e nas assembleias.

O Cruzeiro comunica que não é contra o cancelamento ou adiamento da votação, mas ressalta que o que mais surpreende é que a solicitação de modernização do Estatuto e, consequentemente, a convocação para a sua votação, era inclusive de alguns dos autores da ação.

Em nenhum momento houve a procura por qualquer conselheiro, inclusive dos autores, para requerer alguma mudança sobre a reunião, preferindo levar a discussão para a justiça. O Clube acata a decisão da liminar e não pretende recorrer. E, diante desta decisão, segue com as normas do Estatuto vigente.

Recentemente, o presidente Sérgio Santos Rodrigues recebeu uma solicitação de representantes da torcida a respeito do adiamento. “Nós recebemos este pedido de alguns torcedores e eu os comuniquei que não seria contra este adiamento, e que nós iríamos conversar internamente sobre o assunto. Só nos surpreende que algumas pessoas, que têm boa relação com a gente, não tenham procurado o Cruzeiro e sim preferido levar a discussão para a justiça.
Da nossa parte não tem problema nenhum. Seguimos trabalhando em várias frentes, pois todos sabem dos diversos problemas que enfrentamos, construídos nos últimos anos. É um desafio a cada dia”.

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