Contra o Corinthians, Botafogo revê Roger e tenta emplacar um novo 9

Centroavante do rival viveu relação de amor e ódio com o torcedor do Glorioso, no ano passado. Com Marcos Paquetá, Kieza é quem sai na frente na tentativa de afirmação

Montagem Roger e Kieza
Kieza é o presente e Roger o passado da camisa 9 do Botafogo. Quem vai se dar melhor nesta quarta-feira?

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O Botafogo disputou o ano de 2016 inteiro sem uma referência de confiança no ataque. Neste 2018, Brenner começou como titular e Kieza vem tentando se consolidar. Entre estas temporadas, foi Roger, hoje no Corinthians - rival desta noite -, o dono da camisa 9 do Glorioso. E ele viveu uma relação de muito amor e muito ódio com o clube e com a torcida.

Roger foi contratado para ser a solução de uma equipe sem pivô, e foi anunciado antes mesmo do fim do Campeonato Brasileiro de dois anos atrás. À época na Ponte Preta, quando ele veio ao Rio passar por exames médicos, em novembro, desagradou aos dirigentes da Macaca e não voltou a defender a equipe campineira.

Já no Glorioso, o início dele não foi bom. Marcou o primeiro gol apenas no quinto jogo, chegou a ficar, de março a maio, dois meses sem balançar as redes, e pediu para ser negociado. Foi o então treinador Jair Ventura quem demoveu o centroavante da ideia.

A boa fase, enfim, chegou à vida de Roger no Botafogo. Em determinado momento, ficou conhecido por ter marcado gols em todos os clássicos estaduais na temporada. E deixou boas lembranças no elenco.

- O Roger foi um amigo que eu fiz, uma pessoa sensacional. Fomos nos conhecendo no dia a dia. Lembro quando fomos eliminados da Copa Libertadores pelo Grêmio, e ele deixou claro que foi um dos melhores grupos da carreira dele. A gente teve amizade muito boa. Brinquei de ele pagar alguma coisa. Somos amigos, mas isso acaba às 21h45. É um cara sensacional. Desejo tudo de bom, menos na quarta-feira - brinca Rodrigo Lindoso.

A torcida botafoguense, porém, se incomodava com a pouca quantidade de gols do atacante nos jogos eliminatórios: tanto da Libertadores quanto da Copa do Brasil. Os números mostram que ele marcou, no total, 17 gols em 48 jogos.

Mais do que isso, a relação do jogador com clube e torcida foi além do desempenho dentro de campo. Ele recebeu carinho mundial quando a história da filha, deficiente visual, foi contada. Foi abraçado e recebeu homenagens quando teve um tumor renal descoberto. Contudo, o fim da passagem dele não foi dos mais belos.

Entre uma ou outra conversa para renovação do contrato, o pagamento ou não da cirurgia para a retirada do tumor se tornou um mal-entendido e um bate-boca público. Por fim, parte da torcida botafoguense se incomodou com declarações do atacante aparentemente endereçadas a dirigentes.

De todo modo, ele ficou no passado. No presente, o Botafogo tem um novo treinador, Marcos Paquetá, e Kieza, Brenner e até Aguirre em busca da afirmação no ataque do Alvinegro Carioca.

- Nós temos três camisas 9 muito bons. Não quero fugir do que vinha sendo feito. O futebol brasileiro vem perdendo atacantes e também precisamos pensar nisso. Isso tem que ser trabalhado na base - avalia Paquetá.

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