Após decisão, Vasco entra com recurso no STJD para impugnar a partida contra o Internacional

Cariocas acreditam que houve "erro de direito" depois da pane no sistema do VAR no lance do primeiro gol do Colorado na partida. Presidente do STJD indeferiu o pedido no dia 4

Vasco x Internacional
Vasco entra com recurso e tenta ter seu pedido apreciado pelo pleno do STJD (Ricardo Duarte/SC Internacional)

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Após ter seu pedido indeferido última semana, o Vasco entrou com um recurso no pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar impugnar a partida contra o Internacional. A direção cruz-maltina acredita que houve "erro de direito" depois da pane no sistema do VAR no lance do primeiro gol do Colorado na partida. O argumento do clube carioca é que ele deveria ter o direito de ter seu pedido apreciado. 

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- A gravidade das consequências desta falha na arbitragem justifica que o tema seja levado ao pleno, de modo a garantir apreciação ampla do tema e que contribua para a evolução do futebol brasileiro, em relação a sua arbitragem e ao uso de recursos tecnológicos - afirmou o Vasco em seu site oficial


Entenda o caso do "VAR descalibrado"

O lance capital do jogo entre Vasco e Internacional aconteceu logo aos 9 minutos do primeiro tempo. O meio-campista Rodrigo Dourado cabeceou para o fundo da meta do goleiro Fernando Miguel. Todavia, na análise do lance, o programa do VAR que analisa as linhas de impedimento não funcionou e foi validada a decisão do campo, do árbitro.

Com a decisão mantida, o gol foi validado, e o Internacional abriu o placar. O lance causou revolta por parte da direção do Vasco e do então técnico Vanderlei Luxemburgo. Dois dias depois, o Gigante da Colina entrou com uma ação no STJD para tentar anular a partida alegando a pane no VAR como uma das causas.

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Apesar dos protestos da direção do Vasco da Gama, de acordo com a súmula da partida, publicada oficialmente no site da CBF, a equipe de arbitragem alegou que "Nada houve de anormal". Vale lembrar que este documento é entregue à confederação após as partidas relatando tudo que aconteceu durante os 90 minutos.

Em reunião com representantes do Vasco, a Comissão de Arbitragem admitiu que não foi a primeira vez em que o VAR apresentou essa falha. A descalibragem aconteceu em outras partidas, mas não afetou diretamente e não foi em um lance decisivo como no jogo do último domingo. Na reta final da competição, os donos da casa brigavam para fugir da zona de rebaixamento, e os visitantes seguiam na liderança tentando o título.

Por fim, o presidente do STJD, Otávio Noronha, decidiu liberar a decisão inicial quanto ao pedido de impugnação do jogo. Com isso, o presidente intimou, de maneira urgente, a CBF, a juntar todos os vídeos e áudios do VAR da partida. Além disso, ele também concedeu a abertura de vista para os clubes, CBF e Procuradoria da Justiça Desportiva.

No entanto, o pedido foi apreciado e indeferido pelo presidente do STJD Otávio Noronha. Ao indeferir o pedido, o magistrado até elogiou a argumentação vascaína, mas entendeu que não houve erro de direito e que nem o erro de fato (o impedimento de Rodrigo Dourado) estava efetivamente comprovado.

No ofício, Noronha lembrou que já há jurisprudência sobre o tema, ou seja, a pauta não é nova e uma decisão já havia sido tomada como exemplo. No caso, o exemplo já era contrário ao interesse vascaíno.

Veja a nota na íntegra do Vasco

O Vasco da Gama recorreu, nesta segunda-feira, da decisão monocrática do presidente do pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva de indeferir o pedido do clube pela impugnação da partida jogada contra o Sport Club Internacional.

O recurso do Vasco sustenta que o clube deveria ter o direito de, ao menos, ter seu pedido apreciado pelo pleno do STJD, visto que os fatos ocorridos na partida do dia 14 de fevereiro fogem à normalidade de uma partida de futebol, com a falha do recurso tecnológico do VAR.

O gol do Internacional, validado neste período de falha do VAR, logo nos minutos iniciais da partida, foi decisivo para a sorte do Vasco na partida, o que trouxe prejuízos esportivos e, em última medida, financeiros para o clube.

A gravidade das consequências desta falha na arbitragem justifica que o tema seja levado ao pleno, de modo a garantir apreciação ampla do tema e que contribua para a evolução do futebol brasileiro, em relação a sua arbitragem e ao uso de recursos tecnológicos

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