Exclamações do editor: Copa do Brasil domina atenções no fim de 2014

Francês Alain Giresse disputa bola com  Sócrates e Elzo, durante o jogo das quartas de final da Copa do Mundo entre França e Brasil, em 1986 (Foto: AFP)
Francês Alain Giresse disputa bola com Sócrates e Elzo, durante o jogo das quartas de final da Copa do Mundo entre França e Brasil, em 1986 (Foto: AFP)

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Nesta próxima quarta se definem os finalistas da Copa do Brasil, competição que vai ganhando cada vez mais valor (os programas de sócio-torcedor poderiam vincular o direito preferencial e com descontos adicionais para os que compram os carnês do Br, mas isto é outra história). Os dois jogos de ida não lotaram os estádios, o que foi uma pena, acho que por falta de uma venda mais inteligente, por ser fim de mês e por conta do horário absurdamente tardio das partidas. Dá pinta de uma final entre Cruzeiro e Fla, mas não boto meu dinheirinho nisto.

E justamente porque o futebol tem mania de nos pregar peças, sendo este o seu maior fascínio. Aposto que a briosa torcida do Galo vai cantar o seu “eu acredito...” bem forte e fazer tremer o Mineirão até o apito final, mas a massa rubro-negra, muito grande em MG, estará presente fazendo com que o time não se sinta desamparado. Impressiona como este time do Mengo se tornou competitivo ao longo dos últimos meses, mérito maior do treinador, o que aumenta o desafio que o Galo tem pela frente. Na outra semi, o melhor time do Brasil vai enfrentar um Santos brigador, composto de uma molecada boa de bola, mas tendo em Robinho seu ponto de referência. Quem gosta de bola não pode perder esta quarta quente!

Reta final
O Brasileirão pega fogo na disputa para as vagas da Liberta e no chamado Z4, já que no topo a caça à Raposa ainda não mostrou efetividade. Cruzeiro e Botafogo fazem neste domingo um dos jogos dramáticos destas últimas rodadas, nas quais poucos clubes não estão disputando algo muito importante, seja em cima ou embaixo. O Botafogo não se entrega e torna possível algo que parecia quase impossível acontecer: o Glorioso conseguir superar este ano super tumultuado e estar presente na Série A em 2015. Na parte de cima da tabela, Flu, Corinthians, Grêmio, Inter, São Paulo, Galo, indo até o Peixe,fazem a disputa ser ponto a ponto, dando muita emoção para esta fase gostosa do campeonato. É para não piscar o olho!

Se eu fosse o chefão inconteste...
Fosse minha a fórmula para o nosso campeonato maior, teríamos 18 clubes em cada série, caindo e subindo três clubes por ano. Ainda poderíamos ter um jogo de ida e volta entre o 16º colocado da Série A e o terceiro da Série B, decidindo quem disputa a elite no ano seguinte. Todos os clubes estariam em fogo cruzado do início ao fim do campeonato, sem trégua. Como bônus adicional, as duas séries teriam muito mais interesse de público e renda e os direitos de TV atrairiam muito mais interesse e valeriam mais no seu agregado. Com as novas 14 arenas, e sempre clubes grandes na Série B (que há tempos já deveria ter outro nome, de maior apelo de marketing), aposto num efeito revolucionário, colocando o Brasil como o país com a melhor Segunda Divisão do planeta. É um fut bem mais forte esportiva e economicamente. Quem quer sugerir outra, comentar ou apoiar a fórmula acima, escreva para [email protected].

Publicamos na próxima semana o que houver de melhor!

Contar com a CBF? Esqueça
O movimento Bom Senso desistiu de negociar com a CBF os pontos mais polêmicos da chamada lei de responsabilidade do futebol. Esta é a lei que pretende refinanciar as sufocantes dívidas dos maiores clubes brasileiros, mas que deve vir acompanhada de regras e punições, sob pena de ser mais uma inaceitável passada de mão na cabeça de dirigentes irresponsáveis. Pois bem, a entidade perversa do futebol, certamente a serviço dos dirigentes de clubes mais atrasados, se opõe aos pontos centrais do projeto. Na questão do necessário limite de gastos com o setor do futebol, que o Bom Senso quer que seja de 70% das receitas totais, há oposição da CBF.

Na minha avaliação, este limite pedido pelo BS é excessivo e não vai possibilitar o repagamento das parcelas da dívida, mas nem assim se obteve o consenso. Outro aspecto chave é o prazo para se começarem impor as penalidades, como o rebaixamento, para quem não cumpre as regras para se obter o refinanciamento. A CBF defende que não haja nada de duro além de advertências antes de 2019.... Querem que o calote no governo e a gastança além do seus orçamentos possam seguir sendo praticados pelos dirigentes por mais alguns anos. Assim, os passivos não seriam reduzidos e, antes de 2019, estes mesmos dirigentes irão pedir nova moleza por parte do governo vigente. Ou seja, nada de novo no reino da Dinamarca. Seguimos sendo os bobos e eles, os espertos!

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