Vídeo: Técnico de João Fonseca promove clínicas e arrecada doações para cadeirantes
Guilherme Teixeira ministrou clínicas em Belo Horizonte ao lado do amigo Léo Butija
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Técnico de João Fonseca há sete anos, Guilherme Teixeira separou três dias de suas curtas férias para se dedicar a uma iniciativa solidária. De 14 a 16 de novembro, o treinador ministrou clínicas em Belo Horizonte, sua cidade natal, cujo objetivo foi arrecadar doações, em dinheiro, para dois projetos sociais voltados a cadeirantes (vídeo acima).
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Um dos projetos contemplados é do técnico Léo Butija, na capital mineira, o outro é o Cadeiras na Quadra, em Niterói, que foi lançado pelo precursor da modalidade no Brasil, o saudoso José Carlos Morais. Por ora, o valor arrecadado foi R$ 70 mil.
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- Foram 16 horas de clínica, projeto incrível, que só neste ano ganhou seis Grand Slams, sem palavras. Foi muito legal ver a energia de todos que participaram. A mensagem transmitida foi sobre o quanto é importante essas pessoas necessitadas, o projeto do Léo é lindo, dispensa qualquer tipo de comentário. Foi sensacional, obrigado pela presença de todos - contou o treinador de João Fonseca, número 1 do Brasil e 24 do mundo.
Além do projeto social voltado a cadeirantes, Butija, de 59 anos, treina dois dos principais nomes da modalidade no país. Um deles é Vitoria Miranda, campeã do Aberto da Austrália, nas simples, e de Roland Garros, nas simples e duplas. O outro é Luiz Calixto, vencedor de duplas no do Aberto da Austrália e vice de duplas em Roland Garros e no US Open.
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Butija, uma enorme referência no país como técnico de cadeirantes e de sua preocupação com o social, conhece Gui Teixeira desde quando o treinador de João Fonseca tinha cerca de 8 anos. E a iniciativa das clínicas partiu do treinador do número 1 do Brasil.
- Durante todos os dias, o tempo inteiro, parecia que o Gui estava na quadra com o João. A entrega, a forma como ele fez tudo aqui foi maravilhoso. Eu já sabia que ele continuava sendo o mesmo Gui que eu conheci em Belo Horizonte. Não mudou nada. É o mesmo menino humilde de Belo Horizonte, hoje, muito mais capacitado, treinando a maior estrela do tênis mundial para mim hoje, que é o João. E o que ele fez aqui foi incrível, ele vem falando as mesmas coisas que eu penso desde o meu início no tênis, que precisamos devolver ao tênis o que a modalidade fez pela gente - conta, ao Lance, Butija.

O fundador do Butija Tênis dá todos os créditos da iniciativa ao treinador de João Fonseca:
- Então, a iniciativa foi toda do Guilherme. Ele que levantou a bola, veio com o recurso dele, no carro dele. Ou seja, a energia que ele deixou aqui foi um negócio muito impactante. E ele foi embora falando que não ia sossegar enquanto não conseguisse arrecadar os R$ 100 mil.
Início como boleiro
Butija começou como boleiro aos 9 anos de idade, no Lagoa Tênis Clube, em Belo Horizonte, e passou por todas as fases do tênis na cidade: como rebatedor e, depois, professor. Trabalhou no interior, em Itabirito, Ouro Branco, Itaúna e trabalhou durante quase 20 anos com Claudio Tenório, da Academia Dinames. Há cerca de 15 anos, quando esse local fechou, Butija iniciou a carreira solo.
- Como a minha formação veio de boleiro, virei professor de tênis, casei, eduquei duas filhas e paguei estudo, faculdade, tudo com recursos que vieram do tênis. Então, sempre senti uma necessidade muito grande de voltar para o tênis e o que ele fez na minha vida. Talvez eu tenha a única quadra, ou uma das únicas quadras ainda no Brasil, que tem boleiro. Eu nunca deixei de ter boleiro.

O fundador da Butija Tennis tem como assistentes professores que também começaram no esporte como boleiros. É o caso de Leozinho e Gabriel.
- Sinto que essas crianças, às vezes com situação de vulnerabilidade social, precisam de oportunidade, e eu faço isso dando a chance de trabalhar como boleiro. Realizo, duas vezes por semana, uma turma de cinco crianças sem deficiência, mas que vivem em situação de vulnerabilidade social. E, além dessa turminha, a gente tem os cadeirantes. Hoje atendo de 18 a 20 cadeirantes de forma gratuita. A gente pensa nessas crianças em usar o tênis como ferramenta de transformação, Um dos objetivos é mostrar que eles podem sonhar com algo maior do que aquilo que eles têm como referência maior próxima a eles - continua o treinador mineiro.
João Fonseca inicia a pré-temporada
O técnico de Vitoria Miranda e Luiz Calixto volta no tempo e cita um exemplo de quando tinha os primeiros anos de vida para mostrar a importância do trabalho que vem fazendo com os cadeirantes:
- Na infância, o meu sonho era ser trocador de ônibus. Isso porque seria alguém que ganharia um dinheiro e ainda vai andar vai andar de ônibus o dia inteiro. Então, a gente tenta mudar essa realidade, mostrando para eles que eles podem sonhar e fazer coisas maiores e diferentes.
João Fonseca faz o primeiro treino da pré-temporada na próxima segunda-feira, 24, na Yes Tennis, no Itanhangá Golf Club, no Rio.
Em entrevista exclusiva ao Lance, publicada no último dia 15, o treinador falou sobre uma das conversas que costuma ter com o pupilo, que tem muito a ver com a bela iniciativa demonstrada nas clínicas em Belo Horizonte:
- Uma coisa que a gente tenta preservar é que o ser humano tem que vir sempre antes do tenista. Os valores não dependem do jogo que você faz, como joga. Sempre falo muito com ele: a gente está nos preparando para estar aqui nos próximos 15 anos. Então, é melhor que a gente cultive bons ambientes, boas amizades, que a gente trate as pessoas como gostaríamos de ser tratados.
Tal como Butija e João Fonseca, que tem bom relacionamento com todos os adversários, Gui Teixeira tem mostrado na prática essa filosofia de vida.

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