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'Um dos adversários mais difíceis', diz lenda do tênis sobre João Fonseca

Nicolás Massu, treinador de Hurkacz, falou sobre duelo na estreia de Roland Garros

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Beatriz Pinheiro
São Paulo (SP)
Dia 16/11/2025
08:30
João Fonseca na vitória sobre o polonês Hubert Hurkacz em Roland Garros (Foto: Franck FIFE / AFP)
imagem cameraJoão Fonseca na vitória sobre o polonês Hubert Hurkacz em Roland Garros (Foto: Franck FIFE / AFP)

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Lenda do tênis sul-americano e dono de duas medalhas de ouro olímpicas, o chileno Nicolás Massú se rendeu ao fenômeno João Fonseca. De passagem pelo Brasil para a disputa da Legends Tennis Cup, ele conversou com a reportagem do Lance! sobre o tenista carioca, as conquistas da carreira e trajetória como treinador.

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Massú atua como treinador desde 2019, quando trabalhou em parceria com o austríaco Dominic Thiem. Foi nesta época que o chileno conheceu João Fonseca pela primeira vez, durante um treinamento. O carioca tinha apenas 15 anos, mas seu talento já chamava a atenção.

Na atual temporada, já como treinador de Hubert Hukacz, Nicolás reviu Fonseca do lado oposto da quadra, na estreia de Roland Garros. A partida terminou com vitória do brasileiro por 3 sets a 0, se tornando o segundo tenista mais jovem a vencer uma partida no torneio francês.

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— Quando chegamos a Paris, sabíamos que jogaríamos com o João, que seria um jogo muito difícil, porque o João não era cabeça de chave. Era um dos adversários mais difíceis que poderia cair na primeira rodada, e não tivemos muito tempo de adaptação. Chegamos, treinamos apenas uma hora, e jogar cinco sets contra o João não era fácil. E foi um jogo em que o João jogou muito bem, para o Hubert foi um pouco difícil se adaptar às condições e à situação, e o João acabou vencendo, merecidamente - relembrou, já torcendo por um próximo encontro com o jovem brasileiro.

— Acho que, se eles jogarem seu melhor tênis, com certeza será um grande espetáculo. O que penso é isso: ir conhecendo melhor os jogadores jovens e me adaptando como treinador a qualquer jogador que eu possa enfrentar - completou.

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Massú ainda destacou a importância do surgimento de novos talentos geracionais para impulsionar a paixão pelo tênis no continente.

— É um fenômeno, e que certamente, já no presente e no futuro, vai abrir muitas portas para este esporte. A nova geração vai ver um ídolo, então mais pessoas vão praticar tênis, que é a paixão de todos nós. Por isso acho importante fazer este tipo de evento, para que as pessoas aproveitem. Há um bom futuro nesse esporte, não só no Brasil, mas na América do Sul - projetou.

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Nicolas Massu no Rio Open
Nicolás Massú no Rio Open (Foto: FotoJump)

Momento mágico em Atenas

A conquista que eternizou Nicolás Massú no esporte veio justamente no berço das Olimpíadas, nos Jogos de Atenas 2004. Após estrear no evento na edição anterior, como porta-bandeira do Chile na cerimônia de abertura, ele subiu ao lugar mais alto do pódio na Grécia, como campeão no simples e nas duplas.

— Nunca pensei que quatro anos depois ganharia duas medalhas de ouro. Com 24 anos, é um sonho quase impossível. Porque eram cinco sets na final de simples, cinco sets na final de duplas. É difícil manter concentração, físico e cabeça para simples e duplas todos os dias, em condições que não eram fáceis - contou.

O tenista relembra com orgulho, ter colocado não apenas o próprio nome na história, mas carregar o legado de todo o Chile.

— Somos um país pequeno, 17–18 milhões de habitantes. Não fui número 1 do mundo, não era o mais favorito, não era o que tinha mais chances de ganhar duas medalhas de ouro. E até hoje, o único tenista masculino a ganhar duas medalhas de ouro nos mesmos Jogos Olímpicos sou eu. Por quê? Como? Trabalho, sacrifício, disciplina, paixão durante toda a vida, para que, se um dia aparecer a oportunidade, você esteja preparado - finalizou.

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