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'Jeu de Paume' estreia relembrando a conquista de Guga na Masters Cup de 2000

Lance! abre espaço para falar de grandes momentos da história do tênis

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Gustavo Loio
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 11/11/2025
18:32
Guga Kuerten com troféu de número 1 no ano em 2000
imagem cameraGuga Kuerten com troféu de número 1 no ano em 2000 (Arquivo)

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Modalidade que começou no século VII, o tênis tem, como uma de suas origens, o nome 'jeu de paume' (jogo de palma), então disputado por monges em ambientes fechados, numa prática que se assemelha ao squash. Inspirado nessa curiosidade, o Lance! estreia, nesta terça-feira (11), o 'Jeu de Paume', um espaço para falar da história desse esporte e começamos relembrando uma enorme conquista de Guga Kuerten.

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Nesta semana de ATP Finals, há quase 25 anos um brasileiro protagonizou um momento épico no torneio, então chamado Masters Cup. Mais precisamente no dia 3 de dezembro de 2000, Gustavo Kuerten derrotava a lenda americana Andre Agassi (campeão em 1990), por triplo 6/4, e se tornava o primeiro sul-americano a alcançar o topo do ranking mundial.

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Em entrevistas, o tricampeão de Roland Garros (1997, 2000 e 2001), costuma apontar aquela partida contra o ex-número 1 do mundo como a melhor de sua carreira na quadra rápida.

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- Maior conquista de toda nossa trajetória,,, um ponto,,,alguns segundos,,, que representam todos os momentos de nossas vidas até chegar lá!!! Valendo 2 (taças) - escreveu Guga, nas redes sociais, em 2019, sobre a façanha (abaixo).

Dois fregueses no caminho rumo à semifinal

Curiosamente, a campanha de Guga (então vice-líder do ranking), naquela semana, começou com uma derrota, justamente, para Agassi, por 4/6, 6/4 e 6/3. Como o torneio, que reúne os oito melhores da temporada, é dividido em grupos, os dois melhores de cada chave avançam às semifinais.

E o ídolo brasileiro passou em segundo lugar, após ter vencido, na sequência, o sueco Magnus Norman (4º) e o russo Yevgeny Kafelnikov (5º). Derrotar esses dois rivais, aliás, foi uma rotina na carreira do catarinense. Contra o ex-tenista da Suécia, por exemplo, foram sete vitórias em 10 partidas. Cerca de seis meses antes do encontro na Masters Cup, Guga derrotou Norman na final de Roland Garros, no mais importante duelo entre ambos.

Vale lembrar, também, que o ídolo brasileiro, para terminar 2000 no topo, dependia de um tropeço de Marat Safin, então líder do ranking. O tenista russo não poderia chegar à final para Guga seguir sonhando em encerrar a temporada como o nome a ser batido. E coube a Agassi ajudar o então bicampeão de Roland Garros, derrotando o atleta nascido em Moscou nas semifinais. Na outra partida que valia vaga à decisão, o campeão derrubou ninguém menos do que o gigante americano Pete Sampras (pentacampeão do torneio), de virada, por 6/7, 6/3 e 6/4. O ex-tenista dos EUA defendia o título naquele ano.

A épica e incontestável vitória sobre Agassi na decisão foi a 63ª em 85 partidas do ex-líder do ranking naquela temporada, que ele começou como o quinto melhor do mundo. Além do título na capital portuguesa, Guga venceu outros quatro torneios naquele ano: Roland Garros, Indianápolis, Masters 1000 de Hamburgo e ATP 250 de Santiago.

Em número de títulos, 2000 foi o segundo melhor ano da carreira do ídolo brasileiro. Na temporada seguinte, Guga venceu seis torneios, com destaque para o tricampeonato de Roland Garros. Ele também triunfou no Masters 1000 de Cincinnati e Monte Carlo, além dos ATP's de Stuttgart, Buenos Aires e Acapulco. Ao todo, foram 60 vitórias em 78 jogos em 2001.

Guga homenageou Dona Alice Kuerten

Um dos momentos mais marcantes dessa conquista de Guga veio na premiação, quando ele quebrou todos os protocolos para abraçar e beijar a mãe, Dona Alice, que estava em um dos camarotes.

- Esse título vai para a pessoa que, sem ela, eu não estaria aqui. E sem minha vó, é claro, ela não existiria. Não sei se pode ou não pode, mas hoje eu sou número 1 do mundo, e ela sempre foi e sempre vai ser a mãe número 1 do mundo pra mim. Eu quero dar um beijo na minha mãe.

Além de Guga, apenas mais dois sul-americanos venceram o torneio que reúne os oito melhores da temporada: Guillermo Villas, em 1974, e David Nalbandian, em 2005, ambos argentinos. Na edição há 20 anos, aliás, os 'hermanos' bateram recorde de participantes. Além do campeão, disputaram Guillermo Coria (caiu na primeira fase) e Gaston Gaudio (semifinalista), enquanto o compatriota Mariano Puerta ficou de alternate (reserva).

Todos os campeões do ATP Finals

2024 - Jannik Sinner (ITA)
2023 - Novak Djokovic (SER)
2022 - Novak Djokovic (SER)
2021 - Alexander Zverev (ALE)
2020 - Daniil Medvedev (RUS)
2019 - Stefanos Tsitsipas (GRE)
2018 - Alexander Zverev (ALE)
2017 - Grigor Dimitrov (BUL)
2016 - Andy Murray (GBR)
2015 - Novak Djokovic (SER)
2014 - Novak Djokovic (SER)
2013 - Novak Djokovic (SER)
2012 - Novak Djokovic (SER)
2011 - Roger Federer (SUI)
2010 - Roger Federer (SUI)
2009 - Nikolay Davydenko (RUS)
2008 - Novak Djokovic (SER)
2007 - Roger Federer (SUI)
2006 - Roger Federer (SUI)
2005 - David Nalbandian (ARG)
2004 - Roger Federer (SUI)
2003 - Roger Federer (SUI)
2002 - Lleyton Hewitt (AUS)
2001 - Lleyton Hewitt (AUS)
2000 - Gustavo Kuerten (BRA)
1999 - Pete Sampras (EUA)
1998 - Alex Corretja (ESP)
1997 - Pete Sampras (EUA)
1996 - Pete Sampras (EUA)
1995 - Boris Becker (ALE)
1994 - Pete Sampras (EUA)
1993 - Michael Stich (ALE)
1992 - Boris Becker (ALE)
1991 - Pete Sampras (EUA)
1990 - Andre Agassi (EUA)
1989 - Stefan Edberg (SUE)
1988 - Boris Becker (ALE)
1987 - Ivan Lendl (EUA)
1986 - Ivan Lendl (EUA)
1985 - Ivan Lendl (EUA)
1984 - John McEnroe (EUA)
1983 - John McEnroe (EUA)
1982 - Ivan Lendl (EUA)
1981 - Ivan Lendl (EUA)
1980 - Bjorn Borg (SUE)
1979 - Bjorn Borg (SUE)
1978 - John McEnroe (EUA)
1977 - Jimmy Connors (EUA)
1976 - Manuel Orantes (ESP)
1975 - Ilie Nastase (ROM)
1974 - Guillermo Vilas (ARG)
1973 - Ilie Nastase (ROM)
1972 - Ilie Nastase (ROM)
1971 - Ilie Nastase (ROM)
1970 - Stan Smith (EUA)

Guga Kuerten com a mãe, Alice, em Roland Garros em 2025 (Reprodução)
Guga Kuerten com a mãe, Alice, em Roland Garros em 2025 (Reprodução)
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