Riscos, negociações e carisma: o que Raí falou como diretor do São Paulo

Raí apresentado no São Paulo
O presidente Leco apresentou Raí como novo diretor executivo de futebol do São Paulo (Yago Rudá)

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Raí foi apresentado como diretor executivo de futebol do São Paulo nesta sexta-feira e já se impôs como primeira missão definir um estilo de jogo identificado com a história do clube. Mas a primeira entrevista coletiva do ídolo como dirigente tratou com mais detalhes de sua nova função e quanto ele pode agregar ao Tricolor, inclusive com seu carisma.

- Não farei promessas. Fui anunciado ontem e só prometo muito trabalho e dedicação. Vou colocar minha experiência, meu conhecimento e meu carisma a serviço do São Paulo para construirmos o melhor ambiente possível. Pouco a pouco, vou colocar minhas ideias. Tenho 52 anos, sou independente para tomar minhas decisões. Estou confiante. São novos desafios e o que mais vai importar é o São Paulo. Sei da minha capacidade e sei do que posso agregar para que alcançar isso.

Ao ser lembrado de que Rogério Ceni foi um ídolo apresentado como técnico e demitido seis meses depois pelo mesmo presidente Carlos Augustos de Barros e Silva, Raí admitiu riscos. Ao mesmo tempo, minimizou o fato apontando que tudo é arriscado dentro do futebol, colocando a busca por harmonia como uma solução dentro do seu perfil.

- Todos sabem que o futebol envolve riscos e resultados. Uma das minhas principais qualidades foi construir ambiente harmônico. Os jogadores que estão aqui tender a render muito mais se construirmos um ambiente favorável. O São Paulo, nos últimos anos, teve uma série de problemas extra campo - disse, defendendo o elenco atual e sem abrir detalhes sobre negociações para a próxima temporada.

- Esse elenco não precisa de grandes mudanças e vai crescer muito em 2018. Tem uma base forte, mas sempre pode melhorar. O futebol brasileiro tem um equilíbrio técnico muito grande e, com um clima bom de trabalho, acredito que possamos melhorar bastante coisa e fazer com que os jogadores que estão aí possam render muito mais. Sobre as negociações estou tomando pé ainda e não dá para falar - falou, animado.

- Neste ano, faz 30 anos que cheguei ao São Paulo, 25 anos do Mundial. Terminei minha carreira em 2000 e, de lá para cá, tive várias experiências de empreendedorismo social e também empresarial. Isso me trouxe um conhecimento muito grande nessa parte administrativa. Eu me sinto muito preparado - assegurou.

Veja outros temas abordados por Raí em sua primeira entrevista coletiva como diretor executivo de futebol do São Paulo, nesta sexta-feira:

Dorival
O Dorival é o treinador do São Paulo, não é o meu treinador. Acredito muito no trabalho dele e estou muito confiante de que ele possa fazer um bom trabalho.

Carta branca
Carta branca foi dada. Obviamente, que estou chegando e preciso conhecer algumas pessoas. A primeira coisa a ser feita é entrar de cabeça e conhecer a estrutura. Serei o responsável pelo futebol. Nesse período vou me apoiar em gente que já está aqui dentro e, pouco a pouco, vou impondo minhas ideias.

Aprendizado administrativo
Se o São Paulo não obteve êxito, obviamente, aprendizados a serem colhidos. O que eu peguei nesse meu período de administração é uma avaliação dos erros e planejamento. Acredito que o São Paulo está no caminho certo.

Manter a base durante toda a temporada
A situação do São Paulo não é diferente dos outros clubes do País. O clube vem se planejando para ter mais poder de investimento. Não tenho dúvida de que o São Paulo tem condições de manter seu elenco durante toda a temporada e reforçando seu elenco pouco a pouco.

Lugano
Não sei as intenções do Lugano. Ainda não conversei com ele. Uma das minhas crenças que quero colocar no São Paulo é uma equipe que seja independente do São Paulo e crie uma identidade.

Renovação com Militão e Cipriano
É uma prioridade. Evidentemente, por tudo que o São Paulo representa, é importante ter um treinador que acredite na base e agregue esses garotos na equipe principal.

Experiência como dirigente do São Paulo em 2002
Acho que foi uma situação bastante diferente. Estou acreditando muito nesse momento novo do São Paulo. Dedicação integral de seus diretores e integrantes. Bastante busca desse profissionalismo. Naquele época, em 2002, não tinha uma função muito definida. Muito diferente da situação de hoje em dia. Está clara a minha função. E me aproximei do São Paulo em abril ou maio, quando fui convidado para fazer parte do Conselho de Administração.

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